Autora e diretor revelam novos detalhes de “Justiça”, próxima série da Globo


Foto: divulgação/TV Globo.
Foto: divulgação/TV Globo.

Há menos de um mês da substituta de “Liberdade, Liberdade”  estrear, a série “Justiça” já é bastante comentada nas redes sociais e chama a atenção até do mercado publicitário pelo estilo inovador de contar a sua história.

“Justiça” deve chamar a atenção por seu formato, tão ousado quanto incomum dentro da televisão brasileira. A série contará quatro histórias diferentes, de pessoas que passaram sete anos presas, condenadas por crimes variados.

Indo ao ar quatro vezes por semana, em cada um desses dias um caso é relatado. Porém, em cada episódio, há cenas que se entrelaçam, envolvendo personagens de vários núcleos.

Na segunda, o público poderá ver a história de Elisa (Débora Bloch), cuja filha, Isabel (Marina Ruy Barbosa) é assassinada pelo noivo, Vicente (Jesuíta Barbosa). Na terça, será o dia da história de Fátima (Adriana Esteves), que mata o cachorro do vizinho, um policial (Enrique Diaz), e acaba presa, acusada de tráfico de drogas. Fátima trabalha como empregada doméstica no apartamento de Elisa, e assim, a personagem (assim como todos os quatro protagonistas) aparecerão em todos os capítulos da série. Formato inovador na televisão brasileira, que é comemorado pelo diretor, José Luiz Villamarim.

“O que acho legal da série é este formato”, conta Villamarim, ao UOL, e completa: “A gente tem que avançar na televisão. Depois dos seriados americanos, de tudo que aconteceu na televisão, o nosso desejo é que avance. Temos que reeducar o nosso espectador, de certa maneira”.

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“A gente vai botar no ar uma série em que na segunda-feira termina com uma mulher com um revólver indo matar o assassino da sua filha e só retomar isso na outra segunda-feira”, avisa o diretor.

“Nós, brasileiros, que vemos muita novela, estamos acostumados a ter na terça-feira imediata o resultado disso. Mas vamos ter que ver outra história, na qual esta personagem também aparece, e esperar até a outra segunda-feira para saber o que acontece. Isso, pra mim, é muito importante. É importante a empresa estar fazendo isso”, disse o experiente diretor, com trabalhos como “O Canto da Sereia”, “Amores Roubados” e “O Rebu” no currículo.

Manuela Dias, a autora, que foi responsável pela adaptação de ” Ligações Perigosas” no início desse ano, opina: “Acho que faz parte dos nossos desafios sempre avançar um pouco. Dar um pouco do que as pessoas já sabem e dar um pouco do que elas não sabem – um tanto para elas se agarrarem àquela narrativa e um tanto para elas terem vontade de se agarrar”.

Questionado sobre o formato da série, que é inovador na TV brasileira, mas já usado várias vezes antes em filmes de sucesso, como “Short Cuts” (1993), de Robert Altman, “Crash” (2004), de Paul Haggis, além dos três primeiros longas de Alejandro Iñarritu (“Amores Perros”, de 2000, “21 Gramas”, de 2003, e “Babel”, de 2006), Villamarim é sincero:  “Os bons artistas copiam, os grandes roubam. Acho essa frase genial. Não há nada de novo sob o sol. Não tenho esse tipo de preocupação”.

A autora concorda com o diretor, e acrescenta: “Esse formato veio muito junto com a própria ideia. Nasceu como uma forma de eu explorar a ideia. Dar volume humano para a cidade”, e completa: “Você quer que o ônibus pare no ponto, mas o motorista pode ter perdido a mãe no dia anterior. Ou a mulher dele foi presa. Nesse sentido, a cidade é um personagem”.

Sobre o que irá dar vontade ao telespectador de acompanhar a trama, Villamarim opina: “O Cauã Raymond aparece no episódio 1 no telefone. Quando ele se vira, ele vê a mulher dele saindo do teatro. No episódio 2, ele aparece na empresa. No episódio dele (o de sexta-feira), você vai entender essas cenas. Todo mundo se cruza. É engenhoso. É como se fosse dramaturgia com matemática”.

Manuela Dias surpreende ao revelar de onde partiu a ideia da história dessa série: “A moça que trabalhava na minha casa pediu ajuda porque o marido dela tinha sido preso por ter matado o cachorro do vizinho, que invadia a casa dele. O vizinho era um policial. O cara ficou preso. A semente do negócio foi essa. Claro que tudo isso foi metamorfoseado na minissérie”.

Por fim, a autora acrescenta, sobre o enredo de sua nova trama: “A série é muito mais sobre o justo do que sobre a justiça ou sobre leis. Não tem nenhuma cena de tribunal ou de cadeias. A ideia é pesquisar como na vida pessoal cada um a justiça passa devastando”.

Além dos atores já citados, ainda estão no elenco: Drica Moraes, Antonio Calloni, Cassio Gabus Mendes, Luisa Arraes, Marjorie Estiano, Vladmir Brichta, Camila Marques, Jéssica Ellen.

A previsão de estreia da série é para 22 de agosto, logo após “Velho Chico”.

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