Cinegrafista negro saí em defesa de William Waack após áudio vazado


William Waack (Foto: Divulgação)
William Waack (Foto: Divulgação)

Após toda a polêmica envolvendo William Waack, vem à tona um depoimento de Gil Moura, um cinegrafista que trabalhou com ele por várias anos na Globo. Gil o defende de várias formas. Segue seu relato feito em rede social:

“Eu sou preto. Já trabalhei com ele [William] na França, em Portugal, na Espanha, na Índia e em São Paulo.

Nesta caminhada de 30 anos, fazendo imagens e contando histórias, poucos colegas foram tão solidários quanto o velho Waack. Ele faz parte dos pouquíssimos globais que carregam o tripé para o repórter cinematográfico preto ou branco. Na verdade, não me lembro de ninguém na Globo que o faça. O velho sabe para que serve cada botão da câmera e o peso do tripé.

+ Carlinhos Aguiar é demitido do SBT, se revolta e faz desabafo

Quando um preto sugere um restaurante mais simples, ele não dá atenção porque paga a conta dos colegas que ganham menos no restaurante melhor. Como ele fez piada idiota de preto, ele faz dele próprio, suas olheiras, velhice etc.

Veja também

O que a Globo mais tem são mocinhos e mocinhas de cabelos arrumadinhos, vindos da PUC ou da USP, que são moldados ao jeito da casa.

Posso dar o exemplo de quando estávamos gravando uma passagem no meio da rua, onde havia um acidente, e sugeri a uma patricinha repórter que prendesse o cabelo devido ao vento. Ela o fez. Gravamos na correria porque estávamos a duas horas do RJ. No dia seguinte, na redação, que aparece no cenário do JN, ela comenta:

— Você viu a matéria ontem?

— Não.

— Sobrou uma ponta do cabelo, fiquei parecendo uma empregada doméstica.

Ao que respondi:

— Eu sou repórter cinematográfico, cabeleireiro não havia na equipe.

Posso lembrar-me de muitas coisas como, quando fazíamos uma matéria para o Fantástico, uma mesa de discussão, e, ao ouvido, ouço o repórter falar.

— Põe aquela pretinha mais para trás.

Isto faz parte do cotidiano. Os verdadeiros racistas estão por todas as partes, mas são discretos. Também tem a famosa, que chegou ao prédio onde vive, e uma moradora (namorada de um amigo) segurou o elevador.

A famosa negra não agradeceu, e ficou de braços cruzados. O elevador começou a subir.

Jornalista Famosa:

— Você não sabe qual é o meu andar?

— Sei, mas não sou sua empregada.

No vídeo, ela é uma “querida”, jamais trata mal o entrevistado, se estiver gravando…

Voltando ao racista William Waack. Quando íamos para a Índia — eu vivia em Lisboa — fui três dias antes para Londres, de onde partiríamos para Dheli.

Eu ia ficar em um hotel, mas o racista que havia trabalhado comigo até então somente uma vez em Cannes convidou-me para ficar em sua casa, onde vivia com esposa e dois filhos, esposa essa a quem ele, preconceituosamente, chamava de “flaca” devido à sua magreza. Eu via como uma forma de carinho.

Comemos, bebemos bom vinho e, em nenhum momento, alguém quis se mostrar mais erudito que eu, nem mais racista.”

Gil Moura.

AMIZADE COM REINALDO AZEVEDO:

Em seu blog, o jornalista Reinaldo Azevedo declarou sobre William, que é seu amigo pessoal há muitos anos:

“William Waack não é racista. Não o é de várias maneiras. E ainda pretendo voltar a este tema para perguntar onde estavam os movimentos negros, por exemplo, quando Paulo Henrique Amorim afirmou que o jornalista Heraldo Pereira só é bem-sucedido na Globo por ser um ‘preto de alma branca’. A Justiça brasileira, acusada frequentemente de omissa no tema, condenou o autor (PHA) por injúria racial”, disse.

E concluiu: “Os ditos movimentos não quiseram se indispor com alguém que, hoje ao menos, se porta como se fosse de seu campo ideológico. Tampouco os veículos de imprensa se interessaram pelo assunto”.

🚨 Para derrubar Juliette? Bacci dá notícia absurda de Davi + TV expõe dossiê chocante contra Mani    

NOS SIGA NO INSTAGRAM

Logo do TvFoco

TV FOCO

📺 Tudo sobre TV e Famosos que você precisa saber.

@tvfocooficial

SEGUIR AGORA

Autor(a):

Quer falar comigo? Entre em contato pelo e-mail: [email protected]