A vilã Irene, de Débora Falabella, na novela “A Força do Querer” tinha tudo para ser uma espécie de nova Carminha (Avenida Brasil) no horário nobre. Inescrupulosa, feita de boa moça no início e revelada uma verdadeira víbora, a megera conseguiu roubar a cena e prender o público, pelo menos até levar uma surra de Ritinha (Isis Valverde) e Joyce (Maria Fernanda Cândido). Este por sinal, foi o ponto crucial da derradeira da personagem.
Após a tão comentada surra, a vilã parece ter se perdido nos rumos da trama de Gloria Perez. Irene perdeu força na trama, ficou sem Eugênio e segue sendo alimentada somente pelo desejo de ficar com o pai de Ruy (Fiuk). Mas como uma vilã tão perversa, que se chamava Solange Lima no passado e tirou o marido de Elvira (Bett Faria), consegue se contentar em passar centenas de capítulos focada em apenas tirar o homem da rival Joyce? Misteriosa, a vilã prometeu muito e o público parecia que teria uma grande surpresa sobre o passado de Irene, mas o que tem sido visto é que a personagem ficou em segundo plano frente a outras tramas de “A Força do Querer” como a de Bibi, Silvana e Jeiza.
Também pudera, jamais tirando o crédito e a maestria de Gloria Perez, que é excelente naquilo que se propõe a fazer, não é de hoje que o forte da autora não são as vilãs. A Yvone, de Letícia Sabatella, em “Caminho das Índias” chegou com tudo, mas com o passar do tempo as artimanhas da psicopata perderam nexo com a história. E como se esquecer ainda de Claudia Raia no papel de Lívia Marini? A responsável pelo tráfico de pessoas andou matando muita gente com a sua temível seringa, mas o que se viu no decorrer da trama foi uma personagem que não iria nada além daquilo.
O fato é que aquele famoso ditado “Cão que ladra, não morde” se encaixa perfeitamente em Irene. Gloria mostrou um passado sombrio, criou a fama da vilã, mas não ampliou a história dela em relação a outros personagens. Até caberia, por exemplo, ter colocado a personagem com uma criminosa envolvida em outros crimes ou uma ligação com Rubinho. Uma pena que Débora Falabella não tenha deslanchado com sua vilã. Prometia e muito!
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Por Aaron Tura / As opiniões aqui não refletem necessariamente o posicionamento do TV Foco.
DÉBORA FALABELLA SE INSPURA EM CARMINHA PARA COMPOR SUA VILÃ
A atriz Débora Falabella, não tem em nada parecido com Irene, sua personagem na novela das nove, “A Força do Querer”! A discreta sensualidade que a vilã usa para envolver Eugênio (Dan Stulbach), chama a atenção das telespectadoras. Isso porque seu batom vermelho é um dos itens mais pedidos da Globo.
Recentemente a atriz concedeu entrevista a revista, “Minha Novela” e questionada como buscou compor sua personagem, se deixou fluir ou teve alguma referência. Quanto a isso, Débora declarou:
“A gente tem vilãs em nossa teledramaturgia que são incríveis. Eu amava todas elas. A Maria de Fátima, da Gloria Pires, em “Vale Tudo”; a Adriana Esteves como a Carminha, em “Avenida Brasil”; a Renata Sorrah como a Nazaré Tedesco, de “Senhora do Destino”. E a Letícia Sabatella, que fez a Yvone de “Caminho nas Índias”. A própria Nina, também de “Avenida Brasil”, teve seus momentos de vilania. São megeras completamente diferentes. Não sei muito bem aonde a Irene vai. Estou aberta. E preparada, caso venham cenas quentes. Estou me divertindo.”, finalizou a atriz.
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