Exclusivo: Maria Cândida afirma que participar do “Aprendiz Celebridades” foi um erro e dispara: “Quero voltar para a TV aberta”


Maria Cândida (Foto: Reprodução)
Maria Cândida (Foto: Reprodução)
Maria Cândida (Foto: Reprodução)

Com mais de 20 anos de carreira, a jornalista e apresentadora Maria Cândida passou pelas principais emissoras de TV aberta.

Ela foi “mulher do tempo” na Globo na década de 90, passou pelo SBT, onde permaneceu por longos anos fazendo reportagens e grandes entrevistas para programas como o “SBT Repórter”. Mas foi na Record que apresentou as mais diversas atrações como o “Guinnes, o Mundo dos Recordes”, “Tudo a Ver”, “Domingo Espetacular” e “Programa da Tarde”. Maria ainda teve uma rápida passagem pela RedeTV! na qual integrou o time do “Amaury Junior” em 2010.

Maria Cândida atualmente comanda o programa “Tudo Posso” na Rede Família (Foto divulgação)

Sua última aparição em rede nacional, se deu no reality “O Aprendiz Celebridades” em 2014 na Record. Na atração, Maria teve uma passagem rápida e destacou que “esse foi o maior erro de sua carreira”.

Atualmente, ela comanda o programa “Tudo Posso” de segunda à sexta a partir 16h30 na Rede Família, uma emissora regional pertencente ao grupo Record.

Maria Cândida durante o "Programa da Tarde" na Record (Foto divulgação)
Maria Cândida durante o “Programa da Tarde” na Record (Foto divulgação)

Na entrevista exclusiva ao TV FOCO, Maria Cândida, que atualmente segue pelo Brasil dando palestras, fala sobre o atual momento da TV, o motivo pelo qual deixou a Record em 2010 e revela sua maior vontade: “Voltar para a TV aberta”.

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TV FOCO – Como você avalia a atual situação da TV no Brasil?

“Acho que a TV passa por um momento de transformação jamais visto antes. Li um artigo na conceituada revista americana Wired, que afirma que a TV será mais um aplicativo. E eu acredito nisso! Mas acho que toda essa revolução se retardará no Brasil, por causa dos problemas econômicos. O celular será a grande ferramenta para assistir programas, noticiários, séries etc. E aqui, além de ser caro, a qualidade das bandas é super defasada se compararmos com o Estados Unidos. O povo não tem dinheiro para ter um celular de boa qualidade e por isso, entre outras coisas, não acompanharemos a revolução do mobile alinhados com países de primeiro mundo. Isso dá a TV uma sobrevida, que eu acredito de no máximo 20 anos. Máximo! As pessoas farão a sua própria programação e terão flexibilidade de tempo para assistir o que quiser, na hora que quiserem, no celular. A Globo lançou a Globo Play e mostrou que acredita nesta tendência. Também tenho que mencionar os balões do Google, que tem por objetivo levar internet de qualidade para o mundo todo. Esse sistema vai alavancar essa transformação. Fazemos TV, hoje, para pessoas que tem mais idade e para as classes C,D,E. Como eu já disse, o atraso econômico atrapalha a evolução dos sistemas áudio visuais no Brasil. Sobre a TV Digital, acredito que ainda vai demorar para sairmos do sinal analógico”.

TV FOCO – Atualmente o programa 12 Mulheres, desenvolvido por você, está sendo reexibido pela Sony. Esse trabalho é motivo de orgulho?

“Esse programa é mais do que orgulho pra mim. Foi determinante em um momento de transição da minha carreira. Abdiquei da minha família, deixei o Programa da Tarde, que me dava um retorno financeiro muito bom e mergulhei nesse projeto. Muita gente se assustou de eu dar esse virada, mas não me arrependo. Acho que foi uma evolução. Foram 4 meses viajando e 144 mulheres entrevistadas. Não só como profissional, mas como ser humano, cresci muito. Eu me deparei com histórias de vida fantásticas, mulheres fortes, batalhadoras, que me inspiraram muito. Tanto que voltei e decidi escrever o livro Mulheres que Brilham, que conta a história de 50 das 144 mulheres. Estou muito feliz que o canal Sony comprou a série. É uma oportunidade das pessoas reverem o trabalho”.

TV FOCO – Você está fazendo palestras? 

“Eu me reinventei dando palestras. Tenho rodado o Brasil fazendo palestras sobre o meu livro Mulheres que Brilham e o empoderamento feminino. Desde que fiz o programa 12 Mulheres, passei a estudar o comportamento feminino e a grande revolução que vem acontecendo com as mulheres hoje. Apesar de não sermos maioria em cargos de comando, estudamos muito mais que os homens, abrimos centenas de pequenos negócios e já temos consciência do nosso poder de comando. Já fiz palestras para a Petrobras, Sebrae, participei do TEDx Women. entre outros grandes contratantes. Tenho outra palestra que se chama: Lições de uma Jornalista pelo Mundo. Através das minhas experiências, em tantas reportagens pelo mundo, mostro o que tirei de lição de cada viagem. Faço as pessoas refletirem sobre como estão levando suas vidas e o que podem fazer para ter uma percepção melhor delas mesmas e do futuro”.

TV FOCO – Você tem passagens pelo SBT, Record, Globo e RedeTV! Qual destas emissoras, você voltaria a trabalhar e qual projeto gostaria de comandar? 

“Primeiro, gostaria de falar que desejo muito voltar para a TV Aberta. Sinto muita falta de uma emissora grande. Na rua, as pessoas ainda pensam que estou na Record. Tenho um retorno incrível do público até hoje e isso me deixa muito feliz. Gostaria de fazer um programa de reportagens, como eu fazia o SBT Repórter, no início dos anos 2000. Aliás, tenho um carinho enorme pelo SBT que me ofereceu grandes oportunidades na carreira. Adoro o Silvio Santos. Voltaria para todas emissoras que já trabalhei. A Record me deu muitos programas e saí de lá só para escrever meu livro, em 2010. A Globo foi onde comecei. Mas se for avaliar friamente, acho que o SBT merece ter um novo SBT Repórter, nos moldes que fazíamos naquela época. Era muito interessante, bem humorado, informativo”.

TV FOCO – Dentre as tantas entrevistas que você fez com famosos nacionais e internacionais ao longo de sua carreira, qual delas foi a mais marcante

“Mesmo tendo entrevistado mais de 100 atores, produtores e diretores de Hollywood, duas entrevistas amei fazer…

A primeira com o ator Christopher Reeve, que foi o super homem no primeiro Superman, no fim da década de 70. A entrevista é muito especial para mim porque fui à casa dele em New Jersey, conheci a rotina dele e óbvio ele tinha muito para falar. Imaginem um homem que foi um galã, um dos mais bonitos do mundo, sofrer um acidente, cair do cavalo e ficar tetraplégico? Ele só mexia um pouquinho do pescoço e respirava com auxílio de ventiladores. Foi um dos primeiros artistas a lutar pelo uso de células tronco. Virei fã dele. Ele infelizmente faleceu. Mas deixou uma grande saudade nos nossos corações.

A segunda foi com os Bee Gees. Também fiquei bastante tempo com eles. Foi em Miami, em um estúdio. Sempre fui fã dos Bee Gees e os considero muito. Quem não ouviu e ouve Bee Gees até hj em casamentos e festinhas? Eles são pessoas incríveis e pude comprovar seu talento. Levei um vinil que tenho autografado no meu escritório”.

TV FOCO – Um dos trabalhos de sua carreira, que você avalia que não faria novamente, foi participar do reality “O Aprendiz”. Qual seria o motivo? Como você avalia sua participação no programa? 

“Não escondo de ninguém que não gostei de participar do Aprendiz. Todos foram muito bacanas comigo, desde o Justus a Record. Mas pensei que fosse entrar em um programa de negócios e a versão celebridade foi diferente das outras. Eu me fechei totalmente, pouco falava e realmente queria sair. Fiz tudo direitinho, mas aquele formato não tinha nada a ver comigo. Claro que o Justus sempre nos ensina alguma coisa, devido ao grau de experiência que ele tem. Tenho muita admiração por ele. Infelizmente, não deu certo comigo. Nunca faria de novo. Aliás, nenhum reality show. Não gosto dessa pressão psicológica que eles colocam na gente. Sempre trabalhei sob pressão, com deadline, ao vivo, eventos internacionais, mas é totalmente diferente, nada se compara a uma sala de reunião. Só para finalizar, acho que foi um erro na minha carreira”.

TV FOCO – Atualmente você comanda o “Tudo Posso” na Rede Família, como você avalia o programa, o que falta? Acredita que ele teria potencial para ser exibido pela Record, por exemplo?

“O programa Tudo Posso tem potencial para estar em qualquer emissora aberta desse país. É muito bem feito, informativo, com a dose certa de variedades, prestação de serviço. Enfim, fico triste de não passar na cidade de São Paulo. Mas não perco a esperança de que alguém assista um dia e perceba que o programa é ótimo”.

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Autor(a):

Eu sou Aaron Tura, publicitário e jornalista, formato na universidade nas Faculdades Integradas Rio Branco. Atuo no mercado de TV desde 2010 sendo um grande admirador da área de atuação de TV e Famosos, com experiência em portal de notícias e na TV. Posso ser encontrado por em minha rede social @aarontura no Instagram