Insatisfeitos, autores de séries reclamam de falta de espaço na Globo


Lázaro Ramos em "Mister Brau" (Foto: Globo/Tata Barreto)
Lázaro Ramos em "Mister Brau" (Foto: Globo/Tata Barreto)
Lázaro Ramos em “Mister Brau”, série encomendada por Arraes a Jorge Furtado
(Foto: Globo/Tata Barreto)

Roteiristas de séries humorísticas da Globo estão insatisfeitos com a situação atual da emissora e, reservadamente, reclamam da falta de espaço e se dizem desmotivados a apresentar novos projetos.

O profissionais apontam para um suposto “coronelismo”, isso porque, os dois principais horários para humorísticos no canal são dominados por Claudio Paiva (autor) e Guel Arraes (diretor de gênero) há cinco anos. Pelo menos até o final de 2017 a situação não deve mudar. A dupla é acusada de só investir em projetos deles mesmos. A Globo, no entanto, nega. É o que informa o jornalista Daniel Castro.

Paiva comanda o fórum de humor, onde são apresentados os projetos, enquanto Arraes é diretor de dramaturgia semanal, que executa projetos de séries. Desde o fim do “Casseta & Planeta Urgente”, em 2010, os dois ocupam a faixa depois da novela das nove, que é considerada o principal horário de humor da emissora. Primeiro com “Tapas & Beijos” e “A Grande Família” e, mais recentemente, com “Mister Brau” (encomenda de Arraes a Jorge Furtado) e “Chapa Quente” (criada por Paiva).

Diferentemente da área de humor, Silvio de Abreu, que comanda o departamento de Dramaturgia Diária, parou de escrever novelas temporariamente desde que assumiu o cargo, em novembro de 2014. Na época, a Globo anunciou as novas diretorias especializadas por gênero: Dramaturgia Diária, liderado por Abreu; Dramaturgia Semanal, comandado por Guel Arraes; e Variedades, liderado por Boninho (diários e realities) e Ricardo Waddington (noites e fins de semana).

Atualmente, nada do que é oferecido ao fórum de humor ou para a direção de dramaturgia seriada vai em frente. Somente quem tem cacife para chegar até a alta cúpula do canal, como é o caso de Miguel Falabella, consegue fazer seus projetos vigarem. Mesmo assim, só conseguem pegar os piores horários, considerados “sobras”. Dentro da emissora, Falabella (“Pé Na Cova”) e a dupla Marcius Melhem e Marcelo Adnet (“Tá No Ar”) são vistos como “heróis da resistência”, pois conseguem emplacar projetos correndo mesmo em horários menos importantes, assim como Fernanda Young e Alexandre Machado, que ficam nas noites de sexta-feira, onde a audiência é mais baixa.

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“As pessoas estão desestimuladas a apresentar projetos de humor. A Globo está aberta a novos projetos, mas os roteiristas não se sentem à vontade para mostrar suas ideias por causa desse coronelismo na área”, disse um autor, que prefere não ser identificado. “Por que vou apresentar se não vão aprovar?”, pergunta.

Procurada por Castro, a Globo negou “coronelismo” e disse que “um fórum de criação e aprovação não é novidade” e que a lista de programas que estão no ar e que estão em produção comprova que não há um único grupo criando essas atrações. “Em Mister Brau, a redação final é de Jorge Furtado; em Chapa Quente, é de Claudio Paiva, mas a cada episódio um grupo diferente de roteiristas escreve o texto. Em Chapa Quente, por exemplo, temos autores como Marcio Wilson, Jovane Nunes, Victor Leal, Alexandre Plosk e Cristiane Dantas. Em Mister Brau, Adriana Falcão, Claudia Jouvin, Marcelo Gonçalves, Bernardi Guilherme, Péricles Barro, entre outros”, lembrou o departamento de Comunicação da Globo.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.