Nova série da Globo, “Dois Irmãos” terá narrativa não linear e cidade cenográfica com 30 edificações


Zana (Juliana Paes) e Halim (Antonio Calloni) em cena de 'Dois Irmãos' (Foto: Globo/Divulgação)
Zana (Juliana Paes) e Halim (Antonio Calloni) em cena de 'Dois Irmãos' (Foto: Globo/Divulgação)
Zana (Juliana Paes) e Halim (Antonio Calloni) em cena de ‘Dois Irmãos’
(Foto: Globo/Divulgação)

Personagens centrais de uma história que se desenvolve em Manaus entre as décadas de 1920 e 1980, Omar e Yaqub (Lorenzo e Enrico Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond) são testemunhas e representantes de seu tempo em ‘Dois Irmãos’. A capital amazonense dos irmãos gêmeos que protagonizam o grande drama familiar condutor da minissérie é vista por meio de um olhar realista do diretor, que persegue uma ancestralidade do Mediterrâneo em terras amazônicas, uma das vertentes culturais que participa da formação do povo brasileiro no século passado.

Com uma narrativa não linear, a história é contada por Nael (Theo Kalper/ Rian Cesar/ Irandhir Santos), o filho da indígena Domingas (Sandra Paramirim/ Zahy/ Silvia Nobre), empregada na casa de Halim (Bruno Anacleto/ Antonio Calloni/ Antonio Fagundes) e Zana (Gabriella Mustafá/ Juliana Paes/ Eliane Giardini). Membro renegado da família, ele tece uma colcha de retalhos costurada por memórias. Tenta compreender os acontecimentos que levam aquele clã singular à ruína no mesmo ritmo em que Manaus se deixa descaracterizar completamente, desde o declínio do comércio da borracha à criação da Zona Franca. As entrelinhas do romance de Milton Hatoum são transformadas em imagens vívidas, que reforçam o realismo da obra.

“Estamos falando sobre o florescimento dessa ancestralidade, de seu aroma que se espalhava ainda no início do século XX por Manaus, mas também sobre a derrubada dessa visualidade construída por meio de uma mistura onde a delicadeza e a força do belo tinham o seu lugar, uma mistura da belle époque e do Mediterrâneo com a cultura indígena amazônica”, explica o diretor Luiz Fernando Carvalho.

O crescimento populacional desordenado, o surgimento e a extinção da cidade flutuante de Manaus, a presença do Exército durante o regime militar, o empobrecimento e a modernização repentina trazida pela Zona Franca reverberam na vida de Omar (Lorenzo Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond) e Yaqub (Enrico Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond).

Nessas visitas ao século passado, a equipe fez uma busca por imagens da época em arquivos no Brasil e exterior, que ajudaram a compor o tom ao mesmo tempo memorialista e realista da obra. Entre elas, cenas do cotidiano de Manaus, como navios no Porto, o bonde, a Cidade Flutuante, desfiles de 7 de Setembro, a volta dos Pracinhas na Segunda Guerra, manifestações estudantis durante o período da ditadura militar.

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Além das gravações na cidade cenográfica construída nos Estúdios Globo, composta por 30 edificações, a equipe passou 15 dias, entre janeiro e fevereiro de 2015, filmando externas em Manaus, na cidade de Itacoatiara e nas praias do Rio Negro. Dois caminhões contendo maquiagem, figurinos e equipamentos chegaram de barco à Amazônia. Durante a estadia em Manaus, as margens do Rio Negro, o maior rio de águas escuras do mundo, eram percorridas diariamente até localidades como a Praia do Iluminado e a Praia do Japonês.

Com estreia marcada para 09 de janeiro, a minissérie de dez capítulos é baseada na obra de Milton Hatoum, escrita por Maria Camargo e tem direção artística de Luiz Fernando Carvalho.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.