Transexual protagoniza série na Globo, e revela que foi barrada em banheiro feminino


Foto: Caiuá Franco/ TVGlobo
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A atriz transexual Maria Clara Spinelli será uma das protagonistas da série “Supermax”, da Globo. Esse será o seu primeiro papel de destaque na TV. A personagem da atriz, Janete, será uma das 12 participantes do reality show da história, uma mistura de thriller, drama e suspense.

Em 2013, ela fez uma participação na novela “Salve Jorge”, de Gloria Perez, como Anita, transexual traficada por Wanda (Totia Meirelles). Na nova trama, ela é uma mulher que perdeu tudo, e “decide entrar no reality para tentar ganhar o prêmio e resgatar a vida que tinha”, segundo a atriz.

“O ambiente era muito real e sombrio. Foi desgastante física e emocionalmente para nós. A personagem me desafiou e fiquei realizada”, explica ela, que não revela se a personagem na novela é ou não transexual. Na vida real, a atriz passou por uma cirurgia de readequação de gênero.

“Se ela for, isso só vai ser descoberto ao longo dos episódios. Essa não é a grande questão de Janete”, conta ela, que disse ainda que não teme ficar conhecida apenas por papeis de transexuais, no entanto, pondera: “É normal que uma atriz queira a maior gama de personagens possível”.

“No começo da minha carreira, tinha esse medo. Mas depois vi que outras atrizes passaram pelo mesmo processo, seja porque não pertenciam ao padrão de beleza ou porque tinham sotaque, por exemplo. Elas sempre foram escaladas para os mesmos tipos, para o jogo ganho”, revela.

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“Então, hoje eu entendo que não é algo pessoal, é do mainstream. Se me oferecerem uma personagem, seja transgênero ou não, faço com o maior prazer”, disse ela, que começou a atuar no cinema, no filme “Quanto dura o amor?”, de 2009, e prefere não revelar sua idade.

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“Sempre digo que tenho a idade das minhas personagens. Acho que posso fazer qualquer tipo. Já perdi papéis para atrizes mais jovens e mais bonitas, e isso mostra que talento e trabalho nem sempre são suficientes. Para mim, tudo é sempre mais difícil, até por conta da questão da transexualidade”, disse.

“‘Supermax’ foi um grande ganho para mim enquanto atriz e enquanto mulher que nasceu transexual”, garante ela, que já sofreu bastante preconceito, como em banheiros públicos: “Uma vez o segurança de um shopping me impediu de entrar no banheiro feminino depois que uma pessoa que sabia quem eu era avisou a ele”.

“Eu questionei e ele me pediu documentos. Já tinha toda a documentação corrigida com meu nome atual, mas não mostrei, pois me senti muito agredida. Mulher nenhuma tem que mostrar documento para ir ao banheiro. Me dirigi à Delegacia da Mulher, registrei ocorrência e processei o segurança criminalmente e shopping por danos morais”, revela.

“Ganhei os dois processos. As pessoas têm que se habituar a lutar por seus direitos. Ninguém é obrigado a gostar do outro, mas tem que respeitar”, conclui. Maria também vai estrelar “A felicidade de Margô”, de Paulo Garfunkel, baseado na crônica homônima de Drauzio Varella.

O lançamento da produção está previsto para o ano que vem em nove países de língua portuguesa e deverá ir ao ar também na TV Brasil. As informações são da colunista Patrícia Kogut.

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