Tsunami na estreia de Apocalipse serviu apenas para mostrar efeitos


Avenida Paulista é atingida por catástrofe natural em cena de Apocalipse (Foto: Reprodução/Record)
Novela Apocalipse chegou recheada de efeitos especiais (Foto reprodução)
Novela Apocalipse chegou recheada de efeitos especiais (Foto reprodução)

Na noite desta terça-feria, 21 de novembro, a Rede Record estreou sua nova novela, Apocalipse, cercada de muita expectativa, principalmente pela grande divulgação.

Mais uma vez o relógio da Record parece girar diferente dos demais. Anunciada com estardalhaço para às 20h30, Apocalipse foi começar mesmo com vinte minutos de atraso, dando espaço ao horário político obrigatório e depois ao último bloco de Belaventura. Afinal, o que a emissora pretende ao enrolar o telespectador desta forma? Se o objetivo era bater de frente com O Outro Lado do Paraíso, fracassou, a única coisa que fez foi perder público, uma vez que além de mentir o horário poderia ter se beneficiado por ser uma alternativa ao Jornal Nacional.

Uri (Phelipe Gomes) em cena de tsunami no primeiro capítulo de Apocalipse (Foto: Munir Chatack/Record)
Uri (Phelipe Gomes) em cena de tsunami no primeiro capítulo de Apocalipse
(Foto: Munir Chatack/Record)

A cena do tsunami serviu apenas para impressionar quem viu, usada de forma completamente equivocada nesse momento. O telespectador nem teve chance de conhecer melhor a família dos afetados pela catástrofe já que em poucos minutos depois do início tudo estava inundado. A cena foi bem produzida, mas pouco explorada, não houve uma carga emocional durante a cena, não houve a tentativa de sobreviver ou sequer de encontrar as vítimas, não teve emoção, os atores nem pareciam estar diante de um tsunami que acabaria com suas vidas, já seguiu direto para o velório das vítimas. Um ponto muito negativo, visto que produzir esse tsunami custou caro para a emissora e foi tão mau aproveitado.

Outro momento que não foi feliz nesse primeiro capítulo foi o áudio do ator Sérgio Marone que interpreta o anti-cristo. Em vários momentos não se conseguia entender o que ele dizia, prejudicando os telespectadores mais desavisados que não conhecem a trama.

Os personagens Elisa, Jonathan e Uri fogem de tsunami no primeiro capítulo de Apocalipse (Foto: Munir Chatack/Record)
Os personagens Elisa, Jonathan e Uri fogem de tsunami no primeiro capítulo de Apocalipse
(Foto: Munir Chatack/Record)

De forma geral temos um produto de qualidade em nossa tela. Diante de tantos atores tivemos um número adequado de personagens apresentados no primeiro dia. A cena da perseguição dos carros foi muito bem produzida e passou adrenalina do começo ao fim. O envolvimento do casal que irá gerar Ricardo (Sérgio Marone), aconteceu de forma bastante enigmática. A abertura, juntamente com Belaventura e Escrava Mãe, já são uma das melhores da emissora, faltou apenas um instrumental que transmitisse mais emoção, afinal estamos diante do Apocalipse, não dá para ser tão “frio” desta forma.

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Esse foi apenas o primeiro capítulo dos mais de 170 que devem vir por aí, afinal a emissora adora esticar os episódios. A novela tem tudo para crescer na audiência e recuperar os bons índices de Os Dez Mandamentos, desde que a autora não pese demais a mão. Lembre-se, o que faz uma trama é a história, de nada adianta efeitos poderosos com personagens e enredo ruim, um dos ingredientes do sucesso da trama de Moisés era a esperança por um dia melhor, e que venha bons dias para Apocalipse.

Por Maurício Freitas
Contato: [email protected]

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