Mesmo com a arrecadação recorde, a emissora carioca deve amargar um prejuízo milionário nos últimos meses do ano

Em meio a um profundo corte de gastos, a Globo conseguiu equilibrar as finanças e vive um momento ímpar em seu setor comercial. Há 5 meses de transmitir a Copa do Mundo do Qatar, um dos seus principais eventos de 2022, um chefão da emissora admitiu que o evento trará um prejuízo financeiro ao canal.

De acordo com o Notícias da TV, Manuel Belmar, diretor de finanças, jurídico e infraestrutura do Grupo Globo admitiu o futuro prejuízo em uma live realizada com profissionais da empresa na última segunda-feira, 06.

Em alguns trechos da fala do executivo, obtidos pelo NTV, Belmar comemorou o balanço financeiro positivo da emissora no primeiro trimestre. No entanto, ele alertou que a Globo terá um rombo por conta dos altos custos com a Copa do Catar.

Até o momento, a Globo já ultrapassou a marca de 1 bilhão de reais somente com as cotas comerciais do torneio, o valor representa o maior contrato comercial da história da emissora, no entanto, a empresa da família Marinho usará o valor para abater algumas dívidas antigas com a própria FIFA, entidade que organiza o torneio.

O problema é que as negociações dos direitos são feitas em dólar, o que aumenta ainda mais os gastos do canal.

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A emissora pagará neste ano, 90 milhões de dólares, cerca de 440 milhões de reais na cotação atual, pelo contrato da Copa do Mundo.

Existe ainda o valor de uma antiga dívida entre Globo e Fifa, feita após uma briga judicial no auge da pandemia. Esse valor gira em torno dos 146 milhões, ou seja, só com os gastos dos direitos, serão 586 milhões de reais, mais da metade do valor arrecado.

COBERTURA DA COPA SERÁ MAIS ECÔNOMICA DO QUE AS ANTERIORES

Outra questão que tem tirado o sono dos executivos da Globo é a logística para o envio de profissionais para o Catar. Uma passagem para o país Asiático não custa menos do que 10 mil reais e ao todo, o canal enviará 80 profissionais.

Somado os custos com hospedagem e transporte, a Globo optou pelo corte drástico do seu tradicional estúdio de vidro, montado sempre nos pontos turísticos dos países anfitriões da Copa.

Com o prejuízo financeiro, o NTV aponta que a cobertura será similar ao que foi feito nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, com um estúdio tecnológico dentro dos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.

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