O Grupo Bandeirantes pretendia retomar o jornalismo no canal 21, mas a disputa com o dono da Record adiou os planos
Adotando uma postura mais ousada no mercado desde o início do ano, a Band almejava usar o canal 21, que também pertence ao Grupo Bandeirantes para a cobertura jornalística das eleições, no entanto, a emissora do Morumbi terá que adiar seus planos por conta de um embate judicial com a Igreja Universal, de Edir Macedo, dono da Record.
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De com o que vem sendo noticiado por Ricardo Feltrin desde maio, Band e a Universal estão em uma guerra judicial por conta do aluguel do canal 21. Enquanto o grupo de Johnny Saad acusa a IURD de ‘calote‘. A instituição religiosa acusa da emissora de não cumprir o contrato firmado entre os dois.
O colunista destacou que o Grupo Bandeirantes teria informado à Universal de que não renovaria o contrato de arredamento de 22 horas da programação do canal 21. Há 9 anos, o dono da Record paga cerca de R$ 11,7 milhões pelo “aluguel”.
A intenção da Band era criar uma programação com jornalismo, mas as novas atrações ficarão fora do ar até a batalha judicial ser resolvida.
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Tudo agora depende do fim do processo ou de um acordo amistoso na Justiça, o que parece improvável no momento.
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Para a Band, a situação é ainda mais delicada pois, nesse primeiro momento, a emissora deixará de receber a fortuna que era paga pela IURD, justamente em um ano complicado para equilibrar as contas devido ao alto investimento com novidades na grade.
De acordo com informações divulgadas pelo UOL, ao todo, o valor da disputa já envolve mais de 80 milhões (entre pagamentos já feitos pela Universal e depositados em juízo).
O QUE DIZ A IGREJA UNIVERSAL
“A Universal não está inadimplente. Até o momento, já foram pagos R$ 21,9 milhões, diretamente à Rede 21, e depositados judicialmente outros R$ 60,2 milhões. Um imóvel também foi oferecido como garantia no processo”, declara a UNIcom, departamento de Comunicação da Universal.
O QUE DIZ A BAND
Procurada por Feltrin, a assessoria do Grupo Bandeirantes enviou a seguinte nota:
“Não há qualquer descumprimento contratual da Rede 21. Pelo contrário. Os descumprimentos são todos da IURD, que insiste numa demanda sem possuir respaldo contratual, fático e jurídico.”
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