A emissora de TV que teve triste desfecho e acabou sendo vendida para Edir Macedo
A TV existe no Brasil há mais de 70 anos e desde a sua estreia, muitas emissoras surgiram, outras deixaram de existir e hoje Globo, Record, SBT e Band, disputam pela atenção do público como as principais queridinhas.
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E hoje vamos comentar sobre a história de uma grandiosa emissora que teve um desfecho inesperado e terminou sendo comprada por ninguém menos que Edir Macedo, dono da Record e da Universal.
Trata-de da Rede Mulher, que foi fundada por Roberto Montoro no dia 8 de agosto de 1994 devido ao sucesso da Rádio Mulher, estação paulista voltada para o gênero feminino, com programação de gastronomia, artesanato, lazer e saúde, entre outros lazeres dedicados a mulheres.
A Rede Mulher tinha a maior parte da sua programação exibida ao vivo, com programas como Com Sabor, com duração de mais de três horas, apresentando receitas. Além disso, alguns programas eram gerados a partir de Araraquara, como os boletins informativos, como A Mulher é Notícia, apresentado por Andreia Reis. O restante da programação era composto por filmes e séries.
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No início, a audiência era bem baixa, aos poucos a emissora foi alcançando bons picos, até que ela foi vendida para ninguém menos que Edir Macedo, em 1999, ano que ele já era dono da Record.
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COMO FOI A COMPRA?
Conforme informações do Folha de S. Paulo, a Rede Família, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, comprou parte da Rede Mulher no dia 13 de abril de 1999. Sob nova direção, alguns programas foram retirados da grade e outros adicionados.
QUAL O GRANDE ESCÂNDALO QUE A REDE MULHER SE ENVOLVEU?
Conforme informações do site Consultor Jurídico, em meados de dezembro de 2004, a Rede Mulher teve que responder um processo na 5ª Vara Cível Federal, por exibir programas da Igreja Universal do Reino de Deus que “demonizam religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda” pelo fato das mesmas serem referidas com termos como “encosto”, “demônios”, “bruxaria” e “feitiçaria”.
A Rede Mulher afirmou que os “programas são de responsabilidade de quem os produz”. A emissora foi acusada de racismo juntamente com a Rede Record. Os anos se passaram, a audiência não melhorou e a Rede Mulher chegou ao fim em 27 de setembro de 2007, quando saiu do ar e não retornou mais.
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