A TV mais feliz do Brasil, o SBT, vem disputando a vice-liderança, de forma acirrada, e consegue até manter-se à frente da concorrente por dias consecutivos. Os planos e estratégias para vencer a concorrente, no entanto, podem estar-se esgotando e isso dependerá da ideologia que o SBT pode manter ou mudar para conseguir chegar aonde quer. Mas o problema é exatamente esse: Aonde o SBT quer chegar realmente?

A impressão que dá é que o a emissora de Silvio Santos se contenta com vitórias nos décimos ou vencer por pouco na média do mês. Começamos então ao analisarmos suas inúmeras novelas mexicanas e reprises que conseguem, frequentemente, vencer o “Programa da Tarde”, taxado como “algo sem criatividade”. Desculpem-me, mas não posso dar mais valor a reprises e produtos mexicanos do que a um produto feito pela própria emissora e transmitido ao vivo.

A emissora dos bispos investe pesado em suas novelas, que sofrem com a audiência, e investe em séries que amargam o fracasso. Realmente há erros na forma da Record de impor e organizar sua programação, mas não há erro na ideologia da Record, pois ela sempre esteve a caminho da liderança por não se conformar nunca com o segundo lugar e, por mais que erre no objeto de seus investimentos, a Record não espera sua audiência cair do céu.

Mesmo com os fracassos, eles não desistem de investir em seus próprios produtos, visto que descobriram que uma boa base só se forma com produtos da casa, e nessa questão não imita a concorrente e não recorre a lotar sua programação com “Todo Mundo Odeia o Chris” ou “Pica-Pau”. Seria, então, voar alto de mais sem asas? Para mim seria não deixar de voar. O SBT se conforma muito rápido por medo de derrapar. Deixa de sonhar mais alto por falta de coragem de tentar e prefere se consolidar agora do que buscar um futuro ainda melhor.