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Adeus a 550 funcionários: Fim de serviço em ônibus de Recife, PE, obriga JHC a convocar substituto às pressas
14/03/2025 às 14h11

Impacto profundo: Desativação de linha de ônibus em Recife, PE, força gestão de JHC a reagir com urgência, após 550 trabalhadores ficarem na mão
Entre julho e setembro de 2024, um dos serviços mais usados de ônibus em Recife teve seu fim decretado, impactando cerca de 550 trabalhadores e obrigando o governo de JHC a tomar medidas.
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Trata-se do Expresso Vera Cruz, uma das principais operadoras de transporte público da Região Metropolitana do Recife.
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O fim da empresa foi investigado na dispensa de aproximadamente 550 funcionários e, conforme dito acima, resultou em uma resposta emergencial do governo do prefeito João Henrique Caldas (JHC), a fim de evitar um colapso ainda maior.
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O que levou o Consórcio de Transporte (CTM) do Grande Recife a convocar substitutos às pressas, redistribuindo as 36 linhas operadas pela empresa para outras operações.

A seguir, a equipe especializada em transporte público do TV Foco detalha, com base em informações do G1 e em ordem cronológica, os acontecimentos e as medidas adotadas para mitigar os impactos do encerramento.
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Crise e caos
Nos últimos anos, o Expresso Vera Cruz acumulou uma série de problemas operacionais e financeiros, que levaram à sua saída do sistema de transporte metropolitano.
Entre as principais dificuldades enfrentadas estavam:
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- Alta taxa de reclamações: A empresa liderou o ranking de insatisfação dos passageiros devido à baixa qualidade do serviço.
- Descumprimento de critério: A Vera Cruz falhou em manter o número mínimo de viagens e enfrentou dificuldades na manutenção da frota.
- Dívidas milionárias: O não cumprimento das normas do sistema de transporte levou à aplicação de multas que, até 2023, somavam cerca de R$ 10,5 milhões.

Assim, em abril de 2024, a empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), comprometendo-se a melhorar a qualidade do serviço.
Como parte desse acordo, transferiu temporariamente 12 linhas para outras operadoras e se comprometeu a fortalecer sua frota para atender melhor os passageiros.
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No entanto, a situação não foi revertida, culminando na decisão de encerrar as suas importações.
Jogando a toalha:
Mas, no dia 22 de julho de 2024, o Expresso Vera Cruz protocolou uma carta ao CTM informando oficialmente que não poderia mais manter suas atividades devido a “severos prejuízos” acumulados ao longo dos anos.
Diante disso, o Grande Recife Consórcio de Transporte anunciou em 29 de julho um plano emergencial para a transição das linhas de Vera Cruz, garantindo que os usuários não ficassem sem atendimento.
Porém, organizaram o processo de substituição em três fases, com previsão de término até o final de agosto de 2024.
A substituição:
Sendo assim, para evitar impactos negativos aos passageiros, a CTM redistribuiu as 36 linhas operadas pela Vera Cruz para três empresas de transporte:
- Borborema;
- Metropolitana;
- São Judas Tadeu.
As quais ficaram distribuídas da seguinte maneira:
Borborema:
- 118 – Prazeres/Boa Viagem
- 120 – Alto Dois Carneiros/Shopping
- 124 – Vila do Sesi/TV Tancredo Neves
- 125 – Córrego da Gameleira/TI Tancredo Neves
- 151 – Jardim Jordão/TI Aeroporto
- 152 – Jordão Baixo/TI Aeroporto
- 153 – Jordão Alto/TI Aeroporto
- 154 – Jordão (Bacurau)
- 155 – Jordão Baixo/Boa Viagem
Metropolitana:
- 135 – UR-10
- 136 – UR-05
- 142 – Alto Dois Carneiros/TI Tancredo Neves
- 145 – Alto Dois Carneiros (Bacurau)
- 110 – Ibura/TI Prazeres
- 115 – TI Afogados/TI Aeroporto
- 126 – UR-03/TI Tancredo Neves
- 131 – UR-02 (Bacurau)
- 132 – UR-02 (Ibura)/TI Tancredo Neves
- 134 – Lagoa Encantada/TI Tancredo Neves
- 141 – Jardim Monte Verde/TI Tancredo Neves
- 143 – UR-06/TI Tancredo Neves
- 168 – TI Tancredo Neves (Cde. B. Vista)
São Judas Tadeu:
- 178 – Porto de Suape/TI Cabo
- 196 – TI Cabo/Porto de Galinhas/Nossa Senhora do Ó
- 198 – Ipojuca/TI Cabo
- 199 – Camela/TI Cabo
Inclusive, a última fase da transição ocorreu no dia 31 de agosto de 2024, quando as 11 últimas linhas do Expresso Vera Cruz foram definitivamente repassadas para a Borborema e Metropolitana.
Assim, a empresa conseguiu colocar fim às suas atividades de maneira definitiva.

Trabalhadores na berlinda:
Como era de se esperar, com o fim das operações do Expresso Vera Cruz, cerca de 550 funcionários, entre motoristas, mecânicos e fiscais, ficaram sem emprego.
Mas, a fim de garantir que esses trabalhadores não fossem prejudicados, um acordo foi firmado entre a empresa, o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, a Urbana-PE e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco.
Entre as medidas previstas no acordo estavam:
- Pagamento das verbas rescisórias: Primeiramente, a Vera Cruz se comprometeu a quitar todas as obrigações trabalhistas dentro do prazo legal.
- Acesso ao FGTS e seguro-desemprego: Além disso, a empresa teve que formalizar a baixa nas carteiras de trabalho e liberar as chaves para saque do Fundo de Garantia.
- Recolocação de funcionários: Por fim, pelo menos 50 trabalhadores foram contratados imediatamente por outras empresas do setor.
Os demais foram incluídos em um banco de dados de Urbana-PE para futura reintegração ao sistema de transporte.
Quais impactos o fim do Expresso Vera Cruz causou para os passageiros?
Apesar da rápida intervenção do governo e da CTM, a transição das linhas transportou transtornos temporários para os passageiros.
Nos primeiros dias após a redistribuição das rotas, foram registrados atrasos e superlotação em alguns trechos devido à necessidade de adaptação das novas empresas.
No entanto, ao longo das semanas seguintes, as empresas incorporaram mais veículos à frota, ajustaram os horários e reforçaram a fiscalização, normalizando gradativamente a situação.
Além disso, os passageiros, que anteriormente reclamaram da má qualidade dos autocarros do Expresso Vera Cruz, referiram melhorias na frequência das viagens e na manutenção dos veículos operacionais pelas novas rotas.
Conclusão:
Em suma, o encerramento das atividades do Expresso Vera Cruz marcou uma grande reestruturação no transporte público da Região Metropolitana do Recife.
A saída da empresa foi um reflexo de problemas acumulados ao longo dos anos, incluindo individualização, falhas operacionais e insatisfação dos passageiros.
Mas, apesar dos desafios iniciais, o plano de transição conduzido pelo Grande Recife Consórcio de Transporte, com apoio da gestão do prefeito JHC, evitou o colapso do sistema e garantiu a continuidade dos serviços.
Com a substituição definitiva das linhas e a acomodação dos passageiros às novas operadoras, o sistema de transporte pôde funcionar sem interrupções temporárias.
Por fim, o episódio também serviu de alerta para a necessidade de maior fiscalização e planejamento no setor.
Mas, para saber mais informações sobre o transporte, clique aqui*.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.