A Polícia Civil e a Polícia Federal do Amapá investigam atentado cometido na noite do último sábado contra a TV Marco Zero, afiliada da Record, na capital do Estado. Por volta das 20h, três homens invadiram a sede da emissora, agrediram funcionários e incendiaram uma sala.
Desde quarta-feira, os funcionários prestam depoimento à Polícia Civil. Segundo eles, os homens renderam um segurança e pegaram uma diretora da empresa como refém. Eles mandaram que as pessoas que se encontravam no estúdio de jornalismo não olhassem na sua direção e que permanecessem calados.
A Abert condenou o atentado em nota: “Atos como este, que buscam impedir a divulgação de informações de interesse público, devem ser rechaçados por todos aqueles que defendem a liberdade de expressão como um dos fundamentos de uma sociedade democrática”. A entidade cobrou das autoridades do Estado “apuração rigorosa” sobre o caso.
Segundo o relato, os invasores destruíram móveis e objetos e atearam fogo em uma sala, onde havia documentos da empresa. De acordo com os funcionários, a intenção dos invasores era incendiar o prédio todo.
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A emissora afirmou em nota que os invasores gritaram que a Record local não deveria se envolver com política. Segundo a emissora, no momento da invasão, dois funcionários do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá estavam no local e foram tratados com violência. “A liberdade de imprensa está sendo cerceada a bala” no Estado, afirmou a empresa.
A emissora disse, porém, que o fato “não irá calar o nosso jornalismo, tampouco, irá nos fazer recuar no que diz respeito ao compromisso com a verdade”.
A diretora de jornalismo da TV, Sandrielle Palmerim, acredita que a motivação dos agressores é política. “Seja no jornalismo seja em programas como o Balanço Geral, tratamos diariamente sobre problemas nas áreas de educação e saúde”, explica.
Fonte: Abert
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