QUE SITUAÇÃO!
De queridinha dos Shoppings a rival do Assaí: 2 gigantes do Brasil enfrentam falência em 2024
12/11/2024 às 10h36
Grandes varejistas, incluindo queridinha dos shoppings e supermercado tão renomado quanto o Assaí, entraram em crise e enfrentam falência em 2024
Desde 2022, o cenário pós-pandemia para diversos segmentos do comércio se transformou em um verdadeiro desafio, afetando desde grandes varejistas de shopping centers e até redes de supermercados.
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Um dos fatores que contribuíram pela queda foi que, durante a pandemia, se acelerou a transformação digital, levando os consumidores a adotarem o e-commerce como um hábito consolidado.
Ao mesmo tempo, a inflação crescente, as taxas de juros elevadas e a perda do poder de compra da população dificultaram a recuperação de muitas empresas, que já haviam acumulado dívidas e enfrentavam custos operacionais cada vez mais altos.
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Sendo assim, para muitos negócios que dependem do fluxo presencial, como os exemplos acima, sentem a pressão das margens apertadas e da concorrência de atacarejos como o Assaí.
Com isso, o resultado acaba culminando em crises ainda mais profundas, fechamentos e até mesmo falências.
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Até mesmo grandes nomes
Falando nisso, a equipe especializada em economia do TV Foco, a partir de informações contidas nos portais Valor Econômico, UOL e CNN, separou dois casos chocantes, de varejistas que enfrentam a falência e crises em 2024.
Esses casos incluem uma marca queridinha dos shoppings e até mesmo um grande rival do Assaí:
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- Polishop: Desde 2022 vem enfrentando diversas crises financeiras, promovendo encerramento de atividades em unidades e ainda enfrenta o terror de uma possível quebra mesmo após ter injetado um valor milionário.
- Supermercado Dia Brasil: Supermercado tradicional que, após um período de crise, optou em sair do país vendendo seus ativos para gigante, tendo 347 lojas fechadas.
1- Polishop:
A Polishop é considerada uma das maiores varejistas brasileiras. Fundada ainda em 1999, por João Appolinário, ela se consolidou nos principais shoppings do país.
Entretanto, de acordo com o Valor Econômico, a mesma atravessa uma crise desde 2022:
- A rede, em crise, fechou dezenas de lojas deficitárias nos últimos 18 meses e precisou de aporte dos sócios para se manter.
- Como uma tentativa de reestruturação, a empresa decidiu reduzir o número de lojas físicas abertas, caindo de 280 para apenas 122, resultando em uma redução de 158 unidades.
Além disso, suas dívidas com shoppings como Iguatemi e Multiplan levou a processos judiciais e até mesmo em ordens de despejo em 2023.
Bens penhorados
Appolinário ainda enfrentou a penhora de alguns de seus valiosos bens pessoais, como suas 2 lanchas e uma motocicleta Harley-Davidson.
Tais medidas foram tomadas para saldar uma dívida relacionada ao aluguel de um espaço no shopping Tietê Plaza, em São Paulo, cobrada pela Marfim Empreendimentos Imobiliários.
A cobrança, que chega a R$ 351,7 mil, veio à tona com exclusividade pela equipe do colunista Rogério Gentile, do UOL, como podem ver no vídeo abaixo:
Em maio de 2024, a Polishop, com o nome Polimport, entrou com pedido de recuperação judicial para tentar conseguir escapar da falência.
De acordo com o portal Exame, a sua dívida atual está na casa dos 300 milhões, mais precisamente a quantia de 352,1 milhões de reais.
No dia 20 de maio de 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o seu pedido de recuperação judicial, conforme exposto pelo portal G1.
Sendo assim, as execuções, arrestos, penhoras e constrições contra a empresa ficam suspensos por 180 dias.
Alegações:
De acordo com declarações de Appolinário, divulgadas pelo Portal Terra, as dificuldades financeiras enfrentadas pela companhia se devem à:
- Crise da pandemia;
- Aumento do IGP-M (índice que corrige os preços de aluguéis);
- Crise de crédito, provocada pela Americanas.
Vale dizer que atualmente, a Polishop possui apenas 49 lojas físicas abertas em shoppings.
- Importância da Polishop: Desde a sua fundação, a empresa se empenha em facilitar a vida das pessoas por meio de soluções inovadoras e de qualidade. Por meio de uma grande rede de canais de comunicação, distribuição e vendas, a Polishop consegue alcançar hoje mais de 180 milhões de brasileiros.
1 — Supermercado Dia Brasil:
Por fim, em março de 2024, o supermercado Dia, no dia 21 de março, anunciou oficialmente a decisão de solicitar pela sua recuperação judicial no Brasil, citando resultados consistentemente desfavoráveis como principal justificativa.
O anúncio foi feito uma semana após a rede anunciar o fechamento de 343 supermercados e 3 centros de distribuição no Brasil.
Fechamentos, dívidas e decisão tomada:
Conforme informado pelo portal CNN, a dívida descrita no pedido de recuperação judicial soma R$ 1,1 bilhão.
Além disso, a varejista afirmou que a crise era resultado de uma série de problemas que se acumulam desde 2021:
- Inflação de alimentos;
- Forte concorrência do “atacarejo” como o mencionado Assaí
- Guerra de preços para atrair clientes.
De acordo com o portal Exame, a empresa, que dominou o mercado nacional por duas décadas, agora se retraiu, operando somente em São Paulo, após sucessivos prejuízos desde a sua chegada.
Sendo assim, o DIA passou a contar com um amplo plano de reestruturação cujo qual manteve apenas 244 lojas na capital.
Ao longo dos anos, o negócio acumulou o que chamamos de “queima de caixa”. No ano de 2023, o prejuízo foi de 154 milhões de euros, com um fluxo de caixa livre negativo em 37 milhões de euros.
Manifestação:
Por meio de uma nota, publicada na semana anterior à decisão, o grupo afirmou que: “Faria a posterior análise de diferentes alternativas estratégicas para o Dia Brasil”.
Agora as 244 lojas mantidas se concentram agora especialmente na:
- Capital de São Paulo;
- Algumas cidades da Região Metropolitana de São Paulo
- E no litoral, em Santos.
Também continuarão ativos, o programa de fidelidade Clube Dia e a venda de produtos de marca própria, uma característica muito forte da rede espanhola:
“O grupo vai ajustar seu escopo no país para concentrar seus negócios na região de São Paulo, onde tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capilarizar a rede logística e redução de custos”
Além disso, o conselho aprovou investimento em Espanha e Argentina, visando maior rentabilidade e crescimento
Vale salientar que essa medida se assemelha bastante com a situação do Carrefour, que também decidiu fechar algumas lojas deficitárias e substituir por outras bandeiras da rede, como podem ver por meio deste link*.
Em que situação ficou a rede Dia após os fechamentos?
De acordo com o portal UOL, o grupo anunciou a venda de suas operações no Brasil no dia 31 de maio de 2024.
Apesar do Grupo sair do país a marca e as lojas, que se mantêm abertas e em operação devem continuar ativas normalmente.
Fora isso, as lojas serão mantidas pelo fundo criado pela gestora de ativos brasileira MAM Asset Management, que pertence ao Banco Master, cujo qual comprará a rede de supermercados.
O Dia vendeu seus negócios pelo preço simbólico de 100 euros, conforme podem ver no vídeo abaixo:
A empresa espanhola se comprometeu a transferir 39 milhões de euros para sua unidade brasileira antes da venda e o negócio fará com que o Dia registre um impacto contábil negativo de 101 milhões de euros em seu balanço, disse em documento divulgado hoje.
Conforme dito acima, o Dia está vendendo ativos para reduzir sua dívida financeira líquida. Segundo o grupo Dia no Brasil, suas operações em São Paulo empregam mais de 2.500 trabalhadores.
- Importância do mercado O Dia: O Dia é uma rede de supermercados originada na Espanha e se consolidou como um mercado de bairro. Desde então, ele sempre ofereceu o que há de melhor a preços mais acessíveis.
Para saber sobre mais casos como esses mencionados na matéria, clique aqui*
Considerações finais:
O varejo brasileiro enfrenta uma crise que se estende desde 2022. Porém, em 2024, o país foi marcado com o fechamento de grandes redes como a Polishop e a saída do Dia do país.
A combinação de fatores como a própria pandemia, a transformação digital, a inflação e o aumento das taxas de juros pressionou as empresas, levando-as à falência ou à venda de seus ativos.
A concorrência acirrada, especialmente com o crescimento do e-commerce e de atacarejos, acelerou esse processo.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.