“Pantanal”, possui cenas tenebrosas com Trindade invocando o “Coisa ruim”.
O peão violeiro que tem pacto com o diabo fez o telespectador de “Pantanal”, se assustar. Porém, ao longo dos capítulos, Trindade (Gabriel Sater), foi conquistando o público, pelo menos grande parte dele no remake de Bruno Luperi. O Satanás não teve a mesma sorte em novelas da Record TV.
É que nas tramas bíblicas, tão qual como na vida real, não é muito confortável falar e nem assistir nada que lembre o “Cramulhão”, como o ditado bem diz “Vai de retro, Satanás!”. Acontece que em optar por colocar um ator com um par de olhos claros e como galã, pode ser que tenha evitado esse estranhamento do público. Gabriel Sater ficaria melhor interpretando Jesus Cristo, isso é fato, mas ao mesmo tempo aterroriza e se dá bem nas redes sociais.
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Nas cenas mais marcantes sobre as visões que Trindade têm do diabo ou falas sobre o pacto com o “Cramulhão”, despertam curiosidades e interesse no público, onde ele sempre fica entre um dos assuntos mais comentados do Twitter, por exemplo.
O peão galã com pacto com o “Coisa ruim”, em breve irá fisgar Irma (Camila Morgado), onde presentearão o público com cenas quentes em “Pantanal”. O intérprete de Trindade também regravou um dos maiores clássicos da música brasileira, “Amor de Índio”, e é atualmente o violeiro mais amado da TV brasileira.
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Mas para quem se recorda do personagem sombrio retratado nas novelas bíblicas da Record TV, o diabo passa longe de ter o mesmo sucesso e aceitação do público como em “Pantanal” da Globo.
Autor da obra original, Benedito Ruy Barbosa já havia retratado o Satanás em suas novelas. Zé Galinha (Osmar Prado) tinha certeza que Zé Inocêncio (Antonio Fagundes) prendeu um capeta na garrafa em “Renascer” (1993). Já Zeca (Eriberto Leão) era conhecido como filho do Diabo em “Paraíso” (2009), todas as tramas também escritas pelo criador de “Pantanal”.
XÔ, COISA RUIM!
As novelas bíblicas da Record TV, ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus, não tem o mesmo apelo da Globo em “Pantanal”, ao utilizar o diabo como antagonistas de suas tramas. “Os Dez Mandamentos” (2015), maior sucesso da emissora nesse segmento não teve o “Coisa ruim”, como um de seus personagens.
O fiasco “Apocalipse” (2017), mesmo sendo interpretado por Sérgio Marone não chamou a atenção do público. Em “Jesus” (2018), a atriz Mayana Moura vivia o Satanás e também não conseguiu o mesmo engajamento de Trindade em “Pantanal”, mesmo sendo um forte antagonista sobre a vida de Jesus Cristo, interpretado por Dudu Azevedo.
“Gênesis” (2021) tinha um Lúcifer (Igor Rickli), mas não aparecia em tantas cenas. Não à toa, ele foi muito mais bem-sucedido do que as outras tramas bíblicas que davam mais destaque para o ser das trevas.
Inclusive, os intérpretes narram a carga negativa de darem vida a um personagem tão odioso nos bastidores da Record TV. De acordo com Daniel Farad, do Notícias da TV, Mayana Moura afirmou ter sentido a presença do diabo várias vezes e até lhe deu uma joia para deixá-lo ir embora.
Já Igor Rickli sentiu-se mais deprimido diante daquela energia durante as gravações de “Gênesis”. Guilherme Chelucci levava três horas para se transformar no Satanás, rezando durante todo o processo. Alguns membros da equipe tinham pavor de encará-lo nos bastidores da Record TV ao vê-lo caracterizado para ‘tocar o terror’ em “Apocalipse”.
Resta saber se o público de “Pantanal”, vai continuar repercutindo Trindade como amigo do “Cramulhão”, até outubro, afinal falta muito… Cruz, credo!
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