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Anatel avisada: Claro e Tim confirmam fim de serviço essencial em internet de clientes em 2025

15/05/2025 às 16h45

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Anatel avisada: Claro e Tim confirmam fim de serviço essencial (Foto: Reprodução/Internet)

Claro e Tim confirmam fim de serviço essencial de internet em 2025. Saiba como isso afeta você

Mudanças significativas no panorama do acesso à internet móvel no Brasil aconteceram, transformando a forma como os usuários interagem com seus planos de dados neste ano de 2025.

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Uma prática comum, que por muito tempo beneficiou consumidores com acesso facilitado a determinadas plataformas, chegou ao fim, reconfigurando o cenário atual.

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A partir de informações divulgadas pelo portal “Tecnoblog” em 2024, a equipe do TV Foco, especializada em tecnologia e telecomunicações, traz agora uma análise do impacto dessas mudanças.

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O fim do acesso gratuito a aplicativos

Aqueles conhecidos anúncios televisivos que promoviam o uso de WhatsApp sem descontar da franquia, ou TikTok e Instagram com acesso liberado, de fato, chegaram ao fim.

Conforme avaliações anteriores do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, as companhias de telecomunicações no Brasil operam agora sob uma nova conjuntura. Nesta, elas efetuam a cobrança pelo acesso a cada conteúdo disponibilizado na internet.

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Este tema, que foi objeto de discussão na MWC 2024, viu a Claro, ainda em fevereiro daquele ano, realizar um movimento estratégico, retirando alguns aplicativos que antes eram ilimitados dos seus novos planos controle, antecipando essa transição.

WhatsApp chega com alerta (Foto: Divulgação)
WhatsApp – (Foto: Divulgação)

A posição da Anatel

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já havia esclarecido que a prática de zero rating não constituía uma questão regulatória, mas sim uma decisão comercial das empresas.

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Ele recordou que, há mais de uma década, o Cade analisou uma denúncia e concluiu que tal prática não infringia a neutralidade da rede.

Ademais, segundo Baigorri, as operadoras não remuneravam empresas como a Meta para incluir o WhatsApp em seus pacotes. Tratava-se, portanto, apenas de uma licença para uso da imagem da marca.

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A reivindicação das operadoras

Não por acaso, as principais empresas do setor de telecomunicações divulgaram, previamente à MWC 2024, uma carta aberta. Nela, reivindicavam o chamado fair share. Entre as signatárias do documento, figuravam Claro, TIM, Vivo e Algar Telecom.

O pleito era para que gigantes da tecnologia como Google, com seu YouTube, e Meta, com Instagram e WhatsApp, além da Netflix, auxiliassem no custeio da manutenção e expansão da infraestrutura de internet globalmente. A discussão sobre a regulamentação e os impactos nas operadoras foi um prelúdio para as mudanças atuais.

Claro confirma fim de serviço (Foto: Montagem)
Claro confirma fim de serviço (Foto: Montagem)

O aumento do consumo de dados

Projeta-se que o consumo mensal de dados móveis na América Latina, que já era de 11 GB por smartphone em 2024, quadruplicará, ultrapassando 40 GB até 2028. Este aumento exponencial na demanda representou um desafio considerável para as redes móveis, justificando as alterações nos planos.

Adicionalmente, milhões de latino-americanos permaneciam desconectados, e a solução envolvia políticas públicas e investimentos em novas tecnologias, como 5G e fibra ótica. As operadoras argumentaram que os recursos gerados apenas pela indústria de telecomunicações não eram suficientes, levando ao cenário de reconfiguração dos serviços.

O que motivou essa mudança?

O presidente da Anatel já informava, desde 2023, sobre as reclamações das teles acerca da sobrecarga da rede pelas big techs, sem a devida contrapartida financeira. Questionado na época sobre a tendência de fim do zero rating, Baigorri respondeu afirmativamente, sugerindo que era o caminho natural.

Ele inclusive relatou sua resposta às teles: ao concederem tráfego de forma gratuita, as operadoras naturalmente estimulavam a ocupação intensiva de suas redes. Portanto, a consequência era previsível e agora se manifesta.

Claro e Tim efetivaram a mudança

As grandes companhias de telecomunicações agiram conforme o previsto. Márcio Carvalho, diretor de marketing da Claro, comentou em 2024 que a empresa estava remodelando sua oferta, também em função da migração para o 5G.

Carvalho explicou que a evolução dos aplicativos, como o Instagram se tornando mais focado em vídeo, tornava inviável conceder um “cheque em branco”.

Em fevereiro de 2024, o presidente da TIM, Alberto Grizelli, fez uma declaração similar, afirmando que a empresa “fechou a torneira para o zero rating” nos novos planos, pois “o mundo era outro”. Agora, em 2025, as operadoras já não oferecem esses benefícios, buscando novas formas de estruturar seus pacotes.

Claro, Vivo,Tim e Anatel (Fotos: Reproduções / Internet)
Claro, Vivo,Tim e Anatel (Fotos: Reproduções / Internet)

Assim, a Anatel foi devidamente informada sobre as intenções da Claro e da TIM, que confirmaram o fim do serviço essencial de internet gratuita para aplicativos específicos, uma medida agora vigente nos planos de seus clientes em 2025.

As implicações diretas dessa mudança para os consumidores em 2025 são:

  • O término definitivo dos pacotes que ofereciam acesso ilimitado a redes sociais e outros aplicativos específicos sem consumir a franquia principal de dados.
  • A necessidade consolidada de um monitoramento mais atento e um controle mais rigoroso do consumo individual de dados móveis.
  • Uma readequação nos valores dos planos, refletindo o novo modelo de cobrança por todo o tráfego de dados.

Considerações finais

Dessa forma, o cenário das telecomunicações no Brasil, em 2025, reflete uma mudança estrutural na oferta de planos de internet móvel.

A realidade é a cobrança por todo o tráfego de dados, o que encerrou a era do acesso ilimitado a aplicativos específicos, uma decisão que espelha as novas dinâmicas de mercado e o crescente consumo de dados observados nos últimos anos.

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Autor(a):

Por dentro dos assuntos sobre televisão desde 2008. A partir de 2012, passou a colaborar para o TV Foco com responsabilidade e credibilidade aos leitores.

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