Perigo no copo: ANVISA proíbe 2 marcas populares de leite no Brasil

Saiba quais são as duas marcas de leite da mesa do brasileiro, as quais entraram na mira da ANVISA após riscos

O leite e seus derivados ocupam papel central na alimentação do brasileiro. Presente no café da manhã, em receitas essenciais e como fonte acessível de cálcio e proteínas, o leite é considerado um alimento estratégico para todas as faixas etárias.

Dada essa relevância, qualquer alerta sanitário envolvendo produtos lácteos merece atenção imediata da sociedade, consumidores e autoridades.

Afinal de contas, eles podem representar perigos reais no copo … literalmente!

Nesse contexto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem o papel de zelar pela segurança dos alimentos industrializados.

Inclusive, nos últimos dias, dois alertas importantes envolvendo marcas conhecidas foram divulgados.

Além de as determinações atingirem lotes específicos, elas ilustram com clareza que nem mesmo fabricantes tradicionais estão isentos de falhas que colocam a saúde do consumidor em risco.

Diante disso, a partir de informações obtidas pela resolução oficial publicada pela autarquia, a equipe especializada em fiscalização e serviços traz abaixo todas as informações e os possíveis riscos que ambas as situações, envolvendo duas grandes marcas de leite, envolveram.

MAS ATENÇÃO! Antes de prosseguirmos com a matéria, é bom deixar claro que o episódio afetou somente os lotes mencionados, ou seja, todos os demais, bem como linhas, de ambas as marcas, permanecem sendo comercializados normalmente.

1. Leite de coco tradicional da marca Mococa

No dia 30 de abril de 2025, a ANVISA publicou no Diário Oficial da União a Resolução nº 1.648, que determinou a proibição da comercialização e o recolhimento do lote 1236 do Leite de Coco Tradicional da marca Mococa.

O motivo foi a presença de 565,2 mg/kg de dióxido de enxofre, valor muito superior ao limite permitido pela legislação sanitária brasileira.

De acordo com a agência reguladora, o excesso da substância — normalmente usada como conservante — pode causar:

• Irritações nos olhos;
• Irritação na pele;
• Problemas nas vias respiratórias.

Além disso, poderia desencadear reações alérgicas severas em pessoas sensíveis, especialmente asmáticos.

A utilização acima do permitido infringe normas estabelecidas por legislações como o Decreto-Lei nº 986/1969 e a RDC nº 655/2022.

Até o momento, a marca Mococa não se manifestou publicamente sobre o ocorrido, no entanto, o espaço segue em aberto se a mesma quiser expor sua versão dos fatos.

• Importância da Mococa: A marca é uma das mais tradicionais do país no segmento de laticínios e derivados do coco, com forte presença nos supermercados e lares brasileiros. Seu portfólio inclui produtos com ampla aceitação nacional.

2. Dielat: Leites em pó e compostos lácteos

Já a segunda proibição foi formalizada em 9 de maio de 2025, também por meio de publicação no Diário Oficial da União.

Por meio dela, a ANVISA determinou o recolhimento de diversos lotes de produtos da empresa Dielat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda., líder de mercado em muitos pontos de venda do país.

A decisão teve origem em denúncias feitas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que identificou o uso de matérias-primas impróprias ao consumo humano, como:

• Insumos contaminados com produtos destinados à alimentação animal;
• Substâncias químicas não seguras.

Os lotes recolhidos foram:

• Composto lácteo Mega Lac Pop (25 kg): lote 013.
• Composto lácteo Mega Lac 2113 (25 kg): lotes 067, 077 e 078.
• Leite em pó Agrovita (1 kg): lotes 024 e 060.
• Leite em pó Megamilk (200g, 400g e 1 kg): lotes 024 e 060.

Ou seja, o consumo desses lotes pode representar:

• Intoxicações;
• Infecções gastrointestinais;
• Riscos mais graves, como danos aos órgãos internos e potencial cancerígeno.

Assim como a marca mencionada acima, também não há manifestações oficiais da Dielat sobre a decisão da ANVISA.

Mas, o espaço segue em aberto caso a mesma queira expor a sua versão dos dados.

• Importância da Dielat: A empresa tem sede em Taquara (RS), possui forte presença nacional e também atua no mercado internacional, exportando para países como a Venezuela. Além disso, fornece laticínios para escolas e órgãos públicos, o que acentua a gravidade da situação diante do potencial alcance dos produtos.

Como comprar laticínios com segurança?

Conforme mencionamos acima, nem mesmo as grandes marcas da indústria estão imunes a erros, sendo assim, antes de comprar qualquer produto alimentício, ainda mais os laticínios, é sempre prudente verificar as informações abaixo:

• Verifique o número do lote e a data de validade: produtos com restrições sanitárias sempre têm o lote identificado nos alertas oficiais da ANVISA.

• Prefira estabelecimentos que armazenem produtos refrigerados corretamente, longe de fontes de calor ou luz intensa.

• Consulte o site da ANVISA regularmente, especialmente se adquirir leite em pó ou compostos lácteos em grande quantidade ou de marcas menos conhecidas.

• Evite embalagens danificadas, estufadas ou com sinais de violação. Isso pode indicar falhas na conservação ou contaminação.

• Desconfie de preços muito abaixo do mercado, especialmente em pontos de venda informais. Produtos muito baratos podem ter origem duvidosa ou estar fora dos padrões sanitários.

Portanto, é bem possível consumir leite com segurança, basta ter atenção. Afinal de contas, a vigilância começa na escolha e segue até o consumo consciente.

Conclusão:

Em suma, a ocorrência de irregularidades em marcas amplamente consumidas evidencia a necessidade de fiscalização constante e rigorosa no setor alimentício.

Mesmo porque, nem grandes nomes estão isentos de passar por essa situação.

Além disso, é dever das autoridades manter o consumidor informado e seguro. Marcas tradicionais têm responsabilidade proporcional à confiança que recebem do público.

Ao consumidor, resta estar atento aos comunicados da ANVISA e sempre conferir os lotes dos produtos adquiridos. Mas, para saber mais informações sobre a Vigilância Sanitária e ANVISA, como seus alertas, clique aqui*.