ANVISA comunica proibição de energético popular em todas as lojas do Brasil

ANVISA determina recolhimento de todos os lotes de alguns energéticos e suplementos e situação choca clientes
No ritmo acelerado da vida moderna, os energéticos e suplementos alimentares deixaram de ser uma exceção para se tornarem hábito cotidiano.
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Cada vez mais populares entre jovens, trabalhadores e atletas, esses produtos ganharam espaço nas gôndolas e nos hábitos de consumo por prometerem foco, disposição e desempenho.
No entanto, à medida que o consumo cresce, cresce também a responsabilidade dos órgãos reguladores.
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E foi exatamente isso que ocorreu em junho de 2025, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) interditou e determinou o recolhimento de suplementos e energéticos de uma marca nacional por irregularidades graves que colocam em risco a saúde pública.
Sendo assim, a partir de informações oficiais da autarquia, a equipe especializada em fiscalizações do TV Foco traz abaixo todos os detalhes da situação abaixo:
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A proibição:
Por meio da RESOLUÇÃO-RE nº 2.249, de 13 de junho de 2025, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 112 em 16 de junho de 2025, a ANVISA decretou medida cautelar ativa contra todos os suplementos alimentares e energéticos produzidos, distribuídos e comercializados pela empresa OZONTECK COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA.
A medida ainda determinou o recolhimento imediato de todos os produtos envolvidos.
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Motivações da interdição:
A decisão da agência teve como principal motivação o uso de ozônio como coadjuvante em suplementos alimentares e bebidas energéticas — substância não avaliada quanto à segurança para esse tipo de aplicação, conforme os critérios estabelecidos para alimentos.
Além disso, a empresa promovia os produtos com alegações terapêuticas e funcionais não aprovadas, entre elas:
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- “Auxilia na regulação do colesterol e na prevenção de problemas cardiovasculares”
- “Ajuda a prevenir a formação de coágulos, reduzindo o risco de ataques cardíacos e derrames”
- “Auxilia no controle do índice glicêmico”
- “Atua na prevenção de doenças neurodegenerativas e degenerativas ósseas”
Essas afirmações violaram diretamente o arcabouço legal que regula os alimentos e suplementos no Brasil.
A ANVISA identificou infrações a uma série de normas, incluindo:
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- Decreto-Lei nº 986/1969 (arts. 3º, 12, 21, 22 e 23)
- RDC nº 778/2023 (art. 9º)
- RDC nº 727/2022 (art. 4º, incisos I, II, VI e VII)
- RDC nº 243/2018 (arts. 5º, 16 e 17, inciso I)
- RDC nº 719/2022 (art. 10, inciso I)
- RDC nº 655/2022 (art. 9º)
- Lei nº 9.782/1999 (art. 7º, inciso XV)
Essas infrações comprometem não apenas a integridade do produto, mas também induzem o consumidor ao erro ao atribuir propriedades curativas a um suplemento sem respaldo científico.


Riscos associados ao uso de ozônio em alimentos
Embora o ozônio seja usado em contextos industriais e terapêuticos específicos — como na esterilização de ambientes — seu uso oral em alimentos ou suplementos não é autorizado nem considerado seguro pela ANVISA.
A ausência de avaliação toxicológica detalhada coloca o consumidor em risco, sobretudo quando o produto é ingerido regularmente.
Além disso, as falsas promessas terapêuticas podem agravar ainda mais esse quadro, ao desestimular tratamentos clínicos convencionais ou induzir automedicação.
Importância da OZONTECK:
A OZONTECK, ainda que menos conhecida do grande público, tem forte presença no mercado de cosméticos e suplementos ozonizados.
A empresa atua com apelo naturalista e terapêutico, com foco na saúde preventiva.
Até o momento, não há registro de manifestação pública oficial da marca sobre a interdição determinada pela ANVISA, no entanto, o espaço segue em aberto
Qual alternativa pode ser mais saudável do que energético?
Em meio a suspensão de produtos do gênero, há possibilidades do consumo de alternativas mais seguras e tradicionais, como aquelas à base de cafeína.
O café filtrado ou coado, por exemplo, é uma alternativa natural e regulada, com eficácia reconhecida para estímulo da concentração e do sistema nervoso central.
No entanto, para consumir café com segurança é preciso seguir umas normas de segurança:
- Verifique o selo de inspeção do Ministério da Agricultura (MAPA)
- Prefira marcas que informam torra recente, procedência e validade clara
- Evite versões ultra processadas com aditivos artificiais ou excesso de açúcar
- Mantenha o consumo moderado (3 a 4 xícaras diárias), evitando exageros que possam causar taquicardia ou distúrbios do sono
Conclusão:
A interdição dos produtos da OZONTECK evidencia a importância da atuação rigorosa da ANVISA frente ao avanço de práticas comerciais irregulares no setor de suplementos e energéticos.
Produtos com promessas não comprovadas colocam em risco a saúde e a confiança do consumidor. Cabe às marcas atuar com transparência e dentro dos limites legais.
Ao público, resta o dever de se informar, desconfiar de “curas rápidas” e optar por alternativas seguras e regulamentadas como o bom e velho café.
Mas, para saber mais sobre outros casos e até decretos da ANVISA, clique aqui. *
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Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.