Pela primeira vez, uma novela das 18h foi classificada como inadequada para crianças. Globo e Ministério da Justiça brigam por causa de Orgulho e Paixão.
Após cenas consideradas extremamente sexuais e violentas para a faixa das 18h, o Ministério rejeitou pela segunda vez pedido do canal para que reconsiderasse a reclassificação indicativa da trama, que recebeu o selo de imprópria para menores de 12 anos. A Globo irá recorrer novamente.
A Globo não gostou nada, e acusou o governo federal de tentar limitar seu público e de violar sua liberdade de manifestação artística e de criação, segundo informações do Notícias da TV. Se a classificação indicativa de programas na TV ainda estivesse vinculada a horários, como acontecia até recentemente, Orgulho e Paixão só poderia ser exibida após as 20h.
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Essa regra caiu em agosto de 2016, quando o Supremo Tribunal Federal proibiu a multa e a suspensão de programação para a emissora que exibir atrações em horário diverso do autorizado pela classificação indicativa, como acontecia até aquele ano.
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Sem o risco de sair do ar, as novelas ficaram mais ousadas. Os autores da Globo ressaltam que respeitam os limites impostos pela sociedade, mas declaram que essa sociedade mudou, e reclamam que os classificadores de programas ainda não perceberam.
A Globo inicialmente rotulou Orgulho e Paixão como imprópria para menores de dez anos. A equipe de classificadores do Ministério da Justiça assistiu à novela e discordou, em 2 de julho, por “conter drogas lícitas, linguagem imprópria e violência”.
A reclassificação foi provocada por Camilo (Maurício Destri). Ele atravessou uma fase em que bebia compulsivamente, e entrou em um clube de lutas clandestinas em que apanhava propositalmente para ficar com o prêmio.
A Globo declarou que se tratava de censura, já que a decisão é “manifestadamente equivocada e viola a liberdade de expressão e de manifestação do pensamento, asseguradas constitucionalmente, na medida em que restringe o público a que se dirige a obra, prestando, assim, verdadeiro desserviço à sociedade”.
O Ministério da Justiça, por sua vez, fez longa defesa da Classificação Indicativa e rebateu a acusação de censura. Disse que o serviço está previsto na Constituição e que é feito sob critérios técnicos que consideram graus a conteúdos envolvendo sexo e nudez, drogas e violência, além de contrapontos, “com o intuito de informar aos pais”. “A estes cabe a decisão final sobre o que os seus filhos poderão ou não assistir”, declara.
“No decorrer dos capítulos (…) a obra mostrou cada vez mais cenas de consumo de álcool, cigarros e charutos”, com alguns personagens “retratados completamente embriagados”, diz o parecer. As cenas de luta não foram irrelevantes e leves, e sim “contundentes”, com “presença de sangue”.
Após o recurso da emissora, os classificadores ainda entenderam que a trama tinha problemas também com o sexo, uma vez que as cinco filhas lutavam para casar e “se entregar” para seus namorados.
Assim, em 18 de julho a “insinuação sexual” passou a fazer parte da classificação. A Globo não aceitou, e segundo seu departamento de Comunicação, estuda se irá recorrer novamente, agora ao ministro da Justiça ou ao Poder Judiciário.
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