Arroz tóxico: Substituta de Ana Paula Araújo para BDBR com morte por nº1 do Brasil e liga alerta na ANVISA

Morte após consumo de arroz através do Bom Dia Brasil, jornalístico da Globo, e liga alerta da ANVISA diante da verdade devastadora exposta

E em edição do Bom Dia Brasil, no ar na última terça-feira (07), a substituta de Ana Paula Araújo, Mariana Gross, paralisou o jornalístico ao confirmar a quarta morte envolvendo uma família da região do Piauí após o consumo de um arroz envenenado com um tóxico extremamente perigoso:

“Morreu hoje de madrugada a quarta vítima do envenenamento do almoço de Ano Novo em um almoço no Piauí. Francisca Maria já tinha perdido dois filhos por causa deste mesmo crime. Uma delas está sendo velada agora em Parnaíba” – Destacou a jornalista.

A partir de informações baseadas nessa matéria exposta pelo jornalístico, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz todos os detalhes envolvendo esse arroz, o qual é nº1 em consumo no país, levando em consideração:

• A ordem cronológica dos fatos;
• O que causou o envenenamento?;
• E a razão pela qual a ANVISA está em alerta com o caso.

O que aconteceu?

O fato teve início no dia 1º de janeiro, em Parnaíba, litoral do Piauí, quando nove membros de uma família se intoxicaram após comer baião de dois. Além de Francisca Maria, mencionada pela jornalista, outros três membros haviam morrido:

• Manoel Leandro da Silva, de 18 anos (enteado de Francisca);
• Um menino de 1 ano (filho de Francisca);
• Uma menina de 3 anos (filha de Francisca).

A família havia preparado o baião de dois no dia 31 de dezembro, consumindo-o sem incidentes.

Porém, na manhã do dia 01 de janeiro, um casal solidário doou peixes à família, que os fritou para complementar o almoço.

• Minutos após a refeição, os integrantes começaram a sentir os primeiros sintomas de envenenamento.

• Os investigadores inicialmente concentraram-se nos peixes doados e apontaram o casal beneficente como suspeito.

No entanto, dias depois, o laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou que o veneno estava no baião de dois e não nos peixes.

O laudo:

Inclusive, o Fantástico teve acesso exclusivo a um laudo produzido pela Polícia Científica do Piauí, que revelou novos desdobramentos sobre a investigação de um caso de intoxicação registrado no estado.

Conforme dito acima, a polícia descartou a hipótese de que o envenenamento teria sido causado por peixes consumidos pelas vítimas.

Exames realizados apontaram a presença de um composto de terbufós, um produto químico altamente tóxico utilizado em pesticidas e agrotóxicos:

“Qualquer quantidade já faz mal, qualquer uma.” Ela afeta a transmissão dos estímulos nervosos em todo o corpo, causando crises convulsivas, falta de ar, dores abdominais e podendo até afetar o coração” – Explicou Antônio Nunes Pereira, perito-geral do Departamento da Polícia Científica do Piauí.

Altamente tóxico:

O terbufós é um componente presente no “chumbinho”, veneno utilizado ilegalmente para controle de ratos no Brasil e devido a seu alto risco à saúde.

Aliás, o uso da substância remete a outra tragédia envolvendo a mesma família:

• Em agosto de 2023, dois meninos de 8 e 7 anos, filhos de Francisca Maria, morreram após comerem cajus envenenados.

• Na ocasião, a polícia nomeou a responsável Lucélia Maria Gonçalves, uma vizinha que teria ajudado por capturado com as crianças, acusando-as de invadir seu quintal para roubar frutas.

Só que desta vez o terbufós foi detectado em amostras de arroz consumido pela família durante o almoço.

De acordo com o delegado Abimael Silva, os pedidos apontam para uma ação intencional:

“Alguém colocou a substância no arroz no dia primeiro. A gente entende que houve uma intenção de colocar esse veneno na comida e vamos investigar o caso como homicídio” – Descartando assim a morte natural ou acidental.

Na ocasião, a polícia levantou hipóteses de que o autor desse crime poderia ter sido um membro da própria família.

No entanto, essa possibilidade foi veementemente rejeitada por dona Maria, na ocasião ela acreditou na possibilidade de uma invasão à casa durante a madrugada do Réveillon:

“Essa porta aqui não tem segurança, a porta da frente é muito pior. O portão é só empurrar e entrar que ninguém escuta nada. E todo mundo dormindo. Tem capacidade de alguém ter entrado aqui e ter botado o veneno na comida.”

Prisão:

Mas, de acordo com o G1, no dia 08 de janeiro, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso suspeito de ter cometido o crime. Vale destacar que ele também tinha sido hospitalizado, no entanto, já recebeu alta.

Ao chegar à delegacia após ser preso, Francisco foi abordado por jornalistas e disse estar “contando com a justiça de Deus”.

Perguntado sobre qual produto usou na comida, respondeu: “Eu não sei, a polícia foi lá. Não tenho nada a dizer, não. A polícia vai saber”.

Ele também falou para perguntarem à polícia quando o questionarem sobre o motivo do crime.

Vale lembrar que um caso similar a esse ocorreu na região de Torres, Rio Grande do Sul, como podem ver por aqui*.

ANVISA liga o alerta

Toda essa situação trouxe à tona a urgência de uma fiscalização mais rigorosa por parte da ANVISA sobre a comercialização dessas substâncias venenosas e proibidas no país.

Aliás, essa facilidade de acesso a substâncias tóxicas é um problema amplamente conhecido, mas pouco regulado no Brasil.

Mercados informais e locais com pouca fiscalização atualmente vendem pesticidas e rodenticidas, substâncias tóxicas que representam um grave risco à saúde pública.

O que causa o terbufós no organismo?

O terbufós ataca o sistema nervoso central e a comunicação entre músculos quando consumido por humanos, os sintomas englobam:

• Tremores;
• Crises convulsivas;
• Falta de ar e cólicas. 

Além disso, seus efeitos aparecem pouco tempo depois da exposição ao veneno e podem deixar sequelas neurológicas além da morte, como o caso mencionado.

Considerações finais:

Um caso chocante de envenenamento em massa abalou o Piauí, com quatro membros de uma família morrendo após consumir arroz contaminado com terbufós, um pesticida altamente tóxico.

A polícia prendeu o padrasto das vítimas como suspeito, mas a facilidade de acesso a essas substâncias no Brasil levanta sérias preocupações sobre a segurança alimentar e a necessidade de maior fiscalização por parte da ANVISA.

Mas, para saber mais sobre outras proibições e decretos da ANVISA, clique aqui.*