A novela As Aventuras de Poliana é voltada para o público infantil, no entanto, vem exibindo sequências com conteúdos inadequados para esse tipo de público. De acordo com informações do Diário Oficial da União, a trama apresenta “linguagem imprópria”.

Em algumas cenas, a trama escrita por Iris Abravanel chega a conter linguagem depreciativa, responsável por fazer com que as novelas não carreguem mais o rótulo de “livre para todos os públicos”. Agora, o Ministério da Justiça passa a monitorar o folhetim.

Qualquer atração, para contar com o selo de classificação livre, não pode haver agressões verbais ou palavras de baixo calão. Dessa forma, caso o SBT não interfira na trama e deixe tudo como está, a novela poderá passar a ser inadequada para menores de 10 anos.

Confira o despacho do Diário Oficial:

Novela: AS AVENTURAS DE POLIANA (Brasil – 2018)
Diretor(es): Reynaldo da Costa Boury
Distribuidor(es): TVSBT Canal 04 de São Paulo S/A.
Classificação Pretendida: Livre
Gênero: Infantil
Tipo de Material Analisado: Monitoramento
Classificação Atribuída: Livre
Contém: Linguagem Imprópria
Processo: 08000.016816/2018-02
Requerente: SET – SERVIÇOS EMPRESARIAIS LTDA. EPP

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Vale lembrar que Orgulho e Paixão, trama exibida na faixa das 18h na Globo, foi surpreendida por uma decisão da Justiça. De acordo com informações, a emissora teve que trocar o selo de “proibida para menores de 1o anos” para o selo de “proibida para menores de 12”.

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Apesar de ser considerado um folhetim leve, a justiça entendeu que Orgulho e Paixão possui cenas incompatíveis com a faixa etária de dez anos, por exibir ações com agressão verbal, apelo sexual, ato violento, consumo de drogas lícitas, insinuação sexual, lesão corporal, linguagem de conteúdo sexual e presença de sangue.

Confira o despacho na íntegra:

Despacho nº 119/2018/COCIND/DPJUS/SNJ

Processo MJ nº: 08000.003128/2018-74

Novela: “ORGULHO E PAIXÃO”

Emissora: Rede Globo

CONSIDERANDO que a emissora solicitou autoclassificação da obra como “não recomendada para menores de dez anos”, sendo esta referendada pela Portaria nº 84, de 25 de maio de 2018, com publicação no Diário Oficial da União em 28 de maio de 2018, Seção I, página 48.

CONSIDERANDO que com a manutenção do trabalho ordinário de monitoramento, foram identificadas cenas incompatíveis com a faixa etária de dez anos, a saber: agressão verbal, apelo sexual, ato violento, consumo de drogas lícitas, insinuação sexual, lesão corporal, linguagem de conteúdo sexual e presença de sangue.

CONSIDERANDO que a emissora reiterou a manutenção do pedido de autoclassificação da obra para “não recomendado para menores de dez anos”, mas que a argumentação não foi corroborada pela área técnica, devido a reiteração da apresentação de conteúdos inadequados, sem a apresentação de contrapontos, atenuantes e contextos, resolve:

Revisar a classificação da obra de “não recomendada para menores de dez anos”, alterando-a para “não recomendada para menores de doze anos”, por conter: violência, conteúdo sexual e drogas lícitas.

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