Gigantes do varejo em queda: Relembre a história e o colapso de duas grandes redes de supermercado do Rio de Janeiro após falência e até eventos trágicos
Os supermercados sempre desempenharam um papel crucial na economia brasileira, especialmente em grandes cidades como o Rio de Janeiro, onde abastecem milhões de lares e geram milhares de empregos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, a trajetória de algumas das maiores redes do setor revela que, mesmo grandes nomes de sucesso, podem sofrer com crises financeiras, disputas internas ou mudanças no mercado.
Inclusive, a equipe especializada em economia do TV Foco, com base nos portais Wiki e Exame, selecionou a história de dois desses nomes, os quais tiveram fins abruptos marcados pela falência, dívidas milionárias e até assassinatos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Sendas: De pioneira a tragédia
A história da rede Sendas começou nos anos 20, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando o imigrante português Manoel Antônio Sendas fundou o primeiro armazém da família.
Após sua morte em 1951, seu filho Arthur Sendas assumiu o comando aos 17 anos e liderou uma célere expansão. Nos anos 1960, introduziu o conceito de autosserviço no estado do Rio de Janeiro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na década de 2000, a rede contava com:
- 106 lojas;
- Mais de 16 mil funcionários.
Fatores que fizeram com que ela se tornasse uma verdadeira potência regional.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No ano de 2003, o Grupo Pão de Açúcar adquiriu parte das operações da Sendas.
Porém, em 20 de outubro de 2008, Roberto Costa Júnior assassinou Arthur Sendas no apartamento do Leblon.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Lá, ele trabalhava como motorista da família há oito anos.
Posteriormente, Costa Júnior alegou que o disparo foi acidental, mas a polícia descartou essa hipótese, apontando para uma execução premeditada motivada por questões financeiras.
Abílio Diniz, então presidente do conselho do Grupo Pão de Açúcar, lamentou profundamente a perda, destacando Arthur Sendas como um grande empresário e parceiro fiel.
Já Sérgio Cabral, o qual assumia o cargo de governador na época, decretou luto oficial de três dias, classificando o assassinato como “estúpido” e uma grande perda para o estado.
Após a morte de Arthur Sendas, o Grupo Pão de Açúcar encerrou a marca Sendas, convertendo as lojas em unidades Extra ou Pão de Açúcar.
Casas da Banha: Da expansão à falência
Fundada em 1955 por Climério Veloso, a Casas da Banha chegou a ter 224 lojas em seis estados e no DF, empregando cerca de 22 mil pessoas.
Nos anos 70 e 80, a rede expandiu-se rapidamente:
- Adquirindo outras marcas;
- Inaugurando o primeiro hipermercado do país, o Porcão, no Rio de Janeiro.
A partir de 1986, os planos econômicos Cruzado I e II congelaram preços, afetando a rentabilidade da Casas da Banha.
Em 1991, começaram os fechamentos, e em 1999 a falência foi decretada.
O advogado Alfredo Bumachar destacou que esses planos foram decisivos para a crise financeira. Para saber mais sobre a Casas da Banha, clique aqui*.
Qual é a maior rede de supermercados do Rio de Janeiro?
A maior rede de supermercados do Rio de Janeiro é a Rede Supermarket.
É uma rede associativa que também é uma das maiores do Brasil, com um faturamento recorde em 2023 de R$ 8,5 bilhões
Inclusive, é o que o mantém como forte presença entre as principais redes.
Conclusão:
Em suma, as histórias de Sendas e Casas da Banha revelam como má gestão, crises econômicas e tragédias pessoais derrubam grandes empresas e causam seu colapso.
Mesmo porque, ambas as redes, que já foram pilares do varejo no Rio de Janeiro, não resistiram às adversidades e encerraram suas operações.
Deixam, no entanto, lições importantes sobre a necessidade de adaptação e resiliência num setor tão competitivo quanto o varejista.
Mas, para saber sobre mais falências e casos parecidos como esse, clique aqui. *