Vivemos hoje na era da tecnologia, onde a forma de se comunicar mudou, e a população mundial agora tem a disposição as redes sociais, que permitem expor nossos pensamentos e opiniões de forma até mais clara e ampla. Com essa evolução, a TV também teve que se adaptar e ceder a essas ferramentas. Observa-se, entretanto, que o Twitter, apesar de não ser a rede mais utilizada no Brasil, é amplamente a mais considerada pelas emissoras no país, especialmente pela sua praticidade em obter os comentários de internautas.
Ultimamente na TV, o sentido da palavra “repercussão”, que vem sendo tão comentada, geralmente tem como base os comentários vindos das redes sociais, ou melhor, do Twitter. Ao mesmo tempo, há quem trabalhe no meio e comemore o fato de ver uma hastag ou tag relacionada a um programa figurar entre os assuntos mais comentados da rede social. Mas na contramão disso, vemos que raramente Trending Topics é sinônimo de boa audiência na TV, e não possui números suficientes para servir de referência ─ já que a quantidade de telespectadores é bem superior a de usuários do Twitter, e cálculos de proporção não têm muita lógica nesse caso. Dessa forma, qual o sentido de transformar uma faísca em um fogaréu?
Um exemplo recente disso vale para a ex-BBB Ana Paula. No Twitter, é nítido o grande apoio que ela possui. Entretanto, ao mesmo tempo, uma pesquisa rápida na própria internet, por outras redes sociais e em comentários de diversos sites que divulguem notícias sobre a jornalista, comprova que a sua aceitação está longe de ser unanimidade.
Ana Paula foi indiscutivelmente uma figura importante para o “BBB 16”, movimentando bastante o reality e levantando um grande número de fãs. Mas a questão é que a Globo vem explorando a jornalista ao extremo em sua programação, a colocando como repórter do “Vídeo Show” e apresentando-a como uma figura “amável” por todos, fato que não é, entrando aí a questão de se basear excessivamente em resultados do Twitter. Sem querer tirar os méritos da Ana Paula. Essa não é uma crítica, apenas uma constatação.
As redes sociais devem ser usadas como aliadas das emissoras, não há muito o que discutir quanto a isso. A questão é a revisão de alguns conceitos, impondo limites sobre o ponto em que essas ferramentas podem influenciar em decisões de programas e programações de emissoras, ou simplesmente havendo a constatação de que a opinião da maioria dos telespectadores está realmente prevalecendo através delas.
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