Ator não aceitou a cegueira e foi encontrado morto com arma ao lado
Antônio Carlos Cardoso, de 71 anos, é dono de um restaurante em Guaratinguetá, interior de São Paulo e também era um dos grandes amigos do ator Walmor Chagas. Ambos eram amigos há mais de 19 anos.
E em uma entrevista ao site do ‘UOL’, ele abriu o jogo e contou sobre os últimos dias de vida do ator, que segundo ele, foram sofridos por conta de sua saúde, que já estava fragilizada.
“Eu o conheci quando ele veio para cá. Ficamos amigos. Quase todo dia nós conversávamos. Walmor era leve, nunca se revoltava, tinha problemas de saúde, mas não queria dar trabalho para os outros. Ele era exibicionista apenas nos palcos, sua saída foi discreta. Acredito que seu suicídio foi resultado da sua teimosia, não queria ser um peso para ninguém. Ele na verdade quis escolher a hora de sua própria morte”, disse ele.
Além disso, Antônio Cardoso, também revelou que o ator da Globo esteve internado em um hospital localizado em São Paulo para conseguir fazer uma bateria de exames, um dia antes de sua morte.
Para quem não sabe, Walmor Chagas estava com dificuldades até para se locomover e há cerca de quatro anos era obrigado a passar por algumas sessões de injeções intraoculares, mas mesmo assim, já estava bem cego.
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SOBRE A MORTE DO ATOR
Aos 82 anos de idade, no ano de 2013, o ator da Globo foi encontrado morto por um funcionário do hotel fazenda que estava hospedado.
Na época, a polícia disse acreditar que pode ter sido suicídio, afinal, o corpo do artista foi achado caído na cozinha com um tiro na cabeça.
A advogada da família, Maria Dalva Capola, afirmou em uma entrevista que a arma calibre 38 encontrada no colo do ator foi usada para sua proteção, afinal, morava sozinho em um hotel fazenda.
“Descobrimos que ele tinha uma arma agora, mas não é tão estranho pensar que ele guardava uma. Ele morava em um lugar muito longe, em hotel fazenda, com pouco movimento. Ela era para proteção”, afirmou ela.
Além disso, ela revelou que o ator Walmor Chagas não demonstrava nenhum indício de que ele poderia tirar a própria vida, porém que a família acredita na hipótese, afinal, ele estava deprimido por causa da fragilidade da idade e dos problemas de saúde.
“Ele apenas relatou nos últimos dias que estava preocupado com o diabetes. As pernas também já não estavam tão firmes, mas ele estava bem. Ele já estava com mobilidade reduzida, diabetes, hipertensão. Ele sempre teve essas coisas, mas de um ano para cá piorou”, disse ela.
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