Ator de várias novelas na Globo, Carlos Vereza, que apoiou Jair Bolsonaro nas eleições, falou em romper com o presidente caso ele feche a TV Escola

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não é muito bem visto no meio artístico e na ocasião do pleito presidencial de 2018 o então candidato contou com o apoio de pouquíssimos famosos, principalmente aqueles oriundos da TV. No entanto, pelo menos dois grandes nomes da dramaturgia nacional, com passagem por diversas novelas na Globo, declararam apoio a Jair: a atriz Regina Duarte e o ator Carlos Vereza.

Contudo, Jair Bolsonaro corre o risco de perder o apoio do medalhão da Globo, Carlos Vereza, caso o mandatário dê prosseguimento à informação de que sua atual gestão irá fechar a TV Escola – a emissora é vinculada ao Ministério da Educação, atualmente sob a gerência de Abraham Weintraub, um dos ministros mais criticados e impopulares da gestão em questão.

De acordo com informações da colunista do jornal Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, Carlos Vereza externou toda sua insatisfação com a hipótese do fechamento da TV Escola e pontuou que, caso isso de fato aconteça, o artista alega não ter “como manter meu apoio” a Jair Bolsonaro. Fora das novelas da Globo, o famoso apresenta o programa Plano Sequência no canal educacional – a atração foi lançada na semana passada. Para Carlos, seu programa na TV Escola é basicamente o único acontecimento importante no tocante à cultura na atual gestão. “Até agora [o governo Bolsonaro] não fez nada na cultura, salvo a medida de Roberto Alvim de aumentar o teto de captação [da Lei Rouanet] para musicais”.

Em novembro, Carlos Vereza foi um dos convidados do programa “Conversa com Bial”, atração comandada por Pedro Bial nas noites da Globo, e o ator falou justamente, entre outros, sobre seu apoio a Jair Bolsonaro. No programa, o veterano deu sua opinião sobre como lidaria com os filhos do presidente, que vira e mexe se tornam assunto na mídia: Carlos por seu comportamento nas redes sociais; Eduardo que tentou ser diplomata, mas não conseguiu; já Flávio, o 01, é o mais polêmico deles e está sendo acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de chefiar uma organização criminosa.