
(Foto: Globo/Raquel Cunha)
Atriz com nanismo de “O Outro Lado do Paraíso”, próxima novela das nove da Globo, Juliana Caldas falou sobre a personagem e os desafios, tanto de sua carreira e vida pessoal, quanto da preparação para a trama de Walcyr Carrasco.
“É um presente ter essa oportunidade de falar do nanismo e mostrar que somos que tem uma deficiência, mas antes de tudo somos seres humanos. A rejeição existe sim, se não for na família, é na sociedade. O preconceito é falta de conhecimento. Quando eu falo do nanismo, falo do geral [de outras deficiências], porque não quero levantar só a minha bandeira”, disse Juliana na coletiva de lançamento da novela, onde o TV Foco marcou presença.
Sobre o papel no folhetim das 21h, a atriz agradeceu ao autor pela oportunidade: “Uma honra. É um belo presente que o Walcyr está me dando. Só que eu quero que cada pessoa com deficiência levante sua própria bandeira de respeito, porque infelizmente a sociedade não dá esse espaço para a gente”.
“Não vivi preconceito na minha casa, nem na minha escola. Meu pai e meu irmão são anões e minha mãe é de estatura normal”, contou Juliana, que disse que a mãe a adaptou para o mundo desde cedo.
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A atriz revelou que demorou para cair a ficha de que estava numa novela das nove. “É surreal, a minha ficha demorou muito para cair, tive crise de nervoso por muito tempo. Um dia me olhei sentada, com Fernanda Montenegro, com seu Lima [Duarte] e me perguntei: ‘o que eu tô fazendo aqui?’. Minha ficha caiu aí”, disse, que afirma ter passado por apenas um teste que reuniu várias outras atrizes.
Sobre a preparação para Estela, sua personagem, Juliana revelou que Marieta Severo chorou ao ensaiar cena. “A gente [ela e Marieta] fez uma das preparações para atingir essa rejeição, aí não fazíamos coisas juntas para criar essa rejeição. Essa mulher [Marieta, intérprete de Sophia] do nada me vira e começa a falar várias coisas, aí eu comecei a chorar, sentindo aquilo que ela estava falando e continuei fazendo a cena. No final, a Marieta veio chorando porque para ela também doeu falar. Marieta é uma dama, um amor de pessoa”, contou.
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