Os atores que fizeram a campanha publicitária do Banco do Brasil ficaram revoltados após o comercial ser vetado por Jair Bolsonaro.
O comercial estava no ar desde o início de abril e foi tirada do ar após Bolsonaro assistir ao filme que tratava sobre diversidade racial e sexual.
“Isso foi censura, foi um desserviço ao mercado de comunicação. A diferença incomoda, né. É um retrocesso sim, sem dúvidas, mas na verdade é algo que está no presente. O pensamento atrasado é o padrão de muitas pessoas”, disse a atriz Melanie Swidrak, que fez parte do comercial.
Sobre a diversidade do casting que contava com homens, mulheres, negros, jovens com tatuagens e cabelos coloridos. “Finalmente vi diversidade no casting. Foi visível que teria todos os tipos de modelos e corpos. Isso deveria ser constante na publicidade. Mas o que posso dizer é que esse tipo de atitude [do presidente] chamou muito mais atenção do que se não tivesse sido vetado”, afirmou ela, que é lésbica.
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O ator e dançarino africano Mister Prav também lamentou a censura e se disse desapontado com a decisão. “Eu não esperava, mas acho que o presidente deu sua ordem e temos que aceitar querendo ou não. Sou apenas um estrangeiro vivendo da minha arte fora de casa. Sinceramente espero que situações como essa não voltem a acontecer e que o Brasil possa crescer mais, pois é uma grande nação”, afirmou ele.
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Gabriel Morgante, ator e drag queen que aparece no vídeo do comercial, também se manifestou através das redes sociais sobre a retirada da campanha do ar. “É com grande indignação e decepção (mas decepção essa, esperada) que questiono à vocês: é sério que os limites do discernimento do “representante máximo da nação” não existem? É sério que tamanho retrocesso, ignorância e censura seja declarada em pleno 2019? Que a arte e a diversidade resista sempre! Eu como ator, gay, drag queen e artista lutarei sempre para que as vozes oprimidas sejam ouvidas”, desabafou ele no Instagram.
CLAUDIA ABREU SE MANIFESTA CONTRA BOLSONARO
A atriz Claudia Abreu gerou polêmica ao bater de frente contra os posicionamentos de Bolsonaro nesta sexta-feira, 26 de abril.
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Em seu perfil oficial no Instagram, a global falou sobre a importância de sua formação em Filosofia e causou polêmica ao defender os cursos de ciências humanas.
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“Um dos dias mais felizes da minha vida foi quando me formei em Filosofia. Comecei a trabalhar ainda adolescente, só fiz faculdade mais tarde, quando fiquei grávida aos 30. Cursei a faculdade tendo filhos, trabalhando sem parar e nem sei como consegui terminar. Um esforço que valeu muito a pena”, afirmou.
“A única coisa que eu sei é que tudo o que eu li, refleti e assimilei foi de uma riqueza infinita para mim. Como podem querer cortar os estudos de Filosofia e Sociologia como se fossem desnecessários? Será que o objetivo é formar jovens produtivos mas sem capacidade de reflexão? Que retrocesso”, disse Claudia Abreu.
“O Ministro da Educação estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina. A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta“, escreveu.
https://www.instagram.com/p/Bwur7K8hrfM/
MARCELO TAS X BOLSONARO
Na madrugada desta quarta-feira (24), foi ao ar no SBT a edição do The Noite com Danilo Gentili que teve a presença de Marcelo Tas. O jornalista relembrou os tempos do CQC, atração da Band que foi ao ar entre 2008 e 2014 e que foi comandada durante vários anos por ele e falou sobre o atual governo de Jair Bolsonaro.
“O CQC foi um alto falante, muita gente que não dava entrevista passou a dar. O Lula nunca dava entrevista, começou a dar com o CQC cutucando ele”, recordou o famoso. “Para quem acha que o programa foi o responsável pela eleição do Bolsonaro, eu fico até orgulhoso, porque o programa terminou muitos anos antes da eleição e acham que ele tem a ver com isso”, analisou o artista para Danilo Gentili.
O astro aproveitou para fazer uma piada com o presidente Jair Bolsonaro. “Quando vejo o Bolsonaro nestes 100 dias, eu me identifico com ele pela época em que eu estava no ‘CQC’. Eu queria trabalhar e meus filhos não deixavam”, ironizou surpreendentemente o humorista.
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Tas ainda comentou sobre assumir o comando do programa Provocações, que era apresentado na TV Cultura por Antônio Abujamra. “Para mim vai ser uma enorme honra seguir a trilha dele, é um ídolo para mim, um mentor. É impossível fazer o mesmo programa do Abujamra. Estou super desafiado, estreia em maio”, concluiu, enfim, Marcelo.
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