João Emanuel Carneiro surpreendeu ao dizer que Avenida Brasil não faria tanto sucesso se fosse ao ar no horário nobre da Globo nos dias de hoje
Um dos últimos fenômenos de audiência da Globo, Avenida Brasil voltou à tela da emissora carioca nesta segunda-feira (07), ganhando sua primeira reprise no Vale a Pena Ver de Novo. E como já era esperado, a trama garantiu bons índices de audiência nesse seu retorno e agitou o público na web.
Porém, o autor da trama, João Emanuel Carneiro, confidenciou que tem dúvidas se a trama conseguiria repetir o êxito de sete anos atrás no horário nobre da Globo nos dias atuais.
“O período em que ela foi exibida, em 2012, era muito diferente. O Brasil estava num outro momento histórico, político, econômico. Bem mais ufanista, vamos dizer assim. Avenida Brasil refletiu as aspirações todas dessa classe C que veio à tona naqueles anos todos, com o boom econômico. Uma coisa de que eu me lembro é que na época diziam que não tinha rico de novela. O rico era o jogador de futebol que morava no subúrbio. É uma novela muito antenada com aquele momento específico. Não sei nem se hoje, se fosse exibida no horário nobre, faria tanto sucesso. É uma pergunta que eu me faço”, declarou o novelista em entrevista ao jornal O Globo.
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João Emanuel Carneiro também revelou se tem algum arrependimento em relação à Avenida Brasil, e acabou citando o personagem vivido por Daniel Rocha. “Tem o personagem do gay que eu queria ter desenvolvido mais, do Roni. Não deu tempo nem teve espaço para ele, mas eu queria ter dado mais espaço”, afirmou.
O autor não conseguiu repetir o êxito de Avenida Brasil e vem de dois fracassos seguidos na faixa das 21h da Globo, A Regra do Jogo (2015) e Segundo Sol (2018), mas ainda assim, já tem um novo trabalho em vista na emissora, e novamente para o horário nobre. “Essa nova novela acho que é a mais feminina que eu já fiz. Eu chamei as mulheres da minha vida para me ajudar. Avenida Brasil é feminina, mas a Nina e a Carminha eram personagens muito masculinas, na verdade. Elas não deixavam de ser homens também. É a história de uma mãe. De uma mãe má”, adiantou.
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