Banco Central comunica se os cartórios chegarão ao fim no Brasil
04/06/2025 às 10h45

Cartórios estão com os dias contados? Banco Central quebra o silêncio e revela o que de fato está para mudar em um dos sistemas mais burocráticos do país
Autenticação de documentos, registro de imóveis, reconhecimento de firma. Essas tarefas de cartório já consumiram incontáveis horas e paciência da população brasileira.
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Agora, com a chegada do Drex, plataforma digital criada pelo Banco Central, cresce a dúvida: será esse o fim dos cartórios como conhecemos?
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De fato, a tecnologia promete automatizar etapas que, até hoje, dependem da presença física em cartórios.
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A partir disso, surgiram especulações sobre a possível extinção dessas instituições. Mas o Banco Central decidiu se manifestar — e o veredito oficial pode surpreender.
Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal Valor, a equipe especializada em tecnologia do TV Foco, traz mais detalhes e a real sobre o assunto.
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Uma aposta do Banco Central para o futuro financeiro do Brasil
Ainda em 2023, o Banco Central anunciou o Drex, uma plataforma digital desenvolvida com base em blockchain e contratos inteligentes.
O sistema foi idealizado para modernizar as transações financeiras, reduzir custos e dispensar intermediários, como bancos e instituições tradicionais. A tecnologia permitirá:
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- Contratos autoexecutáveis, sem conferência humana;
- Transações mais baratas e rápidas, eliminando tarifas bancárias;
- Segurança reforçada, com registros descentralizados e imutáveis garantidos por blockchain.
Essas funções, à primeira vista, colocariam os cartórios sob ameaça.
No entanto, de acordo com uma reportagem do Valor Econômico publicada em 7 de dezembro de 2023, a realidade é outra: os cartórios continuarão existindo — e estão se reinventando para isso.
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O que será dos cartórios?
Isso porque, apesar dos avanços digitais, o Banco Central deixou claro que o Drex não substituirá os cartórios.
Inclusive, especialistas explicam que essas instituições seguem tendo papel essencial no ordenamento jurídico brasileiro.
Os principais pontos destacados são:
- Tecnologia complementar: Cartórios já utilizam sistemas como o e-Notariado, que permite realizar serviços de forma online e segura;
- Validação jurídica insubstituível: Mesmo com blockchain, a legislação brasileira exige fé pública, prerrogativa exclusiva dos cartórios;
- Integração com contratos digitais: Ao invés de perder espaço, os cartórios podem se tornar validadores confiáveis para contratos inteligentes.
Ou seja, o Drex não elimina os cartórios, mas impõe a eles a obrigação de evoluir.

E o Real?
Outra dúvida recorrente é se o Drex substituirá a moeda brasileira. Porém, novamente, o Banco Central esclareceu que não haverá substituição do real.
O projeto visa criar uma CBDC (moeda digital de banco central), que funcionará de forma digital, mas sempre equivalente a R$ 1 físico.
Durante 2024, o Banco Central testou o Drex em um piloto voltado à negociação de títulos públicos tokenizados.

Na próxima fase, a plataforma será avaliada em 13 situações práticas, como:
- Compra e venda de imóveis e veículos;
- Concessão de crédito;
- Integrações com sistemas financeiros e contratos diversos.
A moeda digital terá duas versões:
- De varejo, voltada à população em geral;
- De atacado, usada apenas por instituições financeiras.
Apesar disso, o BC ressaltou que o consumidor final não precisa entender essas diferenças — o foco está na experiência, não na complexidade técnica.
Qual é o serviço de cartório mais burocrático do Brasil?
De acordo com um levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), o processo de registro de imóveis é o serviço mais burocrático do país.
O procedimento exige múltiplas etapas: apresentação de documentos, reconhecimento de firma, pagamento de taxas, análise jurídica, além de prazos extensos.
Mesmo com ferramentas digitais, os registros ainda dependem de trâmites manuais e presenciais em muitos estados, o que torna o setor um dos mais resistentes à modernização.
Conclusão:
A criação do Drex representa um marco na digitalização do sistema financeiro brasileiro, mas não implica o fim dos cartórios.
Isso porque, ao contrário do que se especula, essas instituições se adaptam à tecnologia e mantêm seu papel central na validação jurídica de documentos e contratos. Ou seja, o Banco Central aposta em um modelo híbrido, onde inovação e estrutura legal convivem.
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Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.