Banco Itaú sofre pressão e veta nome de Bruno Gagliasso em suas campanhas


O ator Bruno Gagliasso (Foto: Divulgação)
O ator Bruno Gagliasso (Foto: Divulgação)
O ator Bruno Gagliasso (Foto: Divulgação)

Bruno Gagliasso está pagando pelas suas atitudes no ano de 2009, quando fez comentários homofóbicos e machistas nas redes sociais. Após a prefeitura do Rio de Janeiro vetar seu nome em uma campanha contra a homofobia, agora foi a vez do banco Itaú.

No perfil oficial da empresa no Twitter, uma internauta questionou se eles concordam com as palavras ditas pelo artista e, imediatamente, a empresa revelou que Bruno já não faz mais parte de sua publicidade, tornando-se a segunda marca a se esquivar da polêmica.

Para a revista Quem, a prefeitura do Rio emitiu o seguinte comunicado:

“A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual ( CEDS Rio), vem a público esclarecer que à campanha contra LGBTfobia que circula na internet, na qual o garoto-propaganda é a ator Bruno Gagliasso, foi produzida pela gestão anterior. O ator está sendo acusado de homofobia e lesbofobia por mensagens postadas no Twitter.

A campanha fez parte do show Rio Sem Preconceito, no ano de 2015, em que foram gastos quase 2 milhões de reais para promover a festa. A atual gestão da CEDS Rio descontinuou o show Rio Sem Preconceito para priorizar os trabalhos sociais de apoio aos vulneráveis e, aposta, em militantes e ativistas para trazer visibilidade para a causa LGBTI.

Só quero lembrar a população carioca que este evento de premiação Rio sem Preconceito custou quase 2 milhões de reais aos cofres públicos. Quanto ao resto, há pessoas mais competentes, como: ativistas e militantes”.

ENTENDA A POLÊMICA

Gagliasso está pagando por declarações dadas no ano de 2009 que vieram à tona. Após detonar uma piada preconceituosa feita pelo youtuber Júlio Cocielo em seu perfil Twitter, dizendo que o jogador Mbappé, negro, faria “uns arrastão top na praia”, Bruno o atacou.

“Você tem noção do que são 11 milhões e 200 mil pessoas? Eu ajudo. É a população inteira da Bélgica. É um milhão a mais do que a população de Portugal. São 143 Maracanãs lotados. São todas as pessoas que ainda estão apoiando diretamente um influencer assumidamente racista”, disparou Bruno.

Bruno Gagliasso (Foto: Fernanda Rouvenat/ G1)

“Temos que cobrar posicionamento das marcas que o patrocinam, é claro. Mas são os outros famosos que ainda o seguem e, principalmente, as pessoas comuns, anônimas, que verdadeiramente me preocupam. Apoiar uma pessoa racista é ser conivente, sim”, desabafou o ator em seu perfil no Instagram.

“Na internet, seguidor é visibilidade e dinheiro. Não basta só cobrarmos as marcas, até porque daqui a pouco aparecem outras empresas com memória curta. A forma de colocar no ostracismo e minar a popularidade é fazendo quem que essas pessoas percam seu público, a grande propulsora do trabalho delas. Não é um caso isolado. Não foi o primeiro, não será o último”, disse ele.

“A gente precisa atuar com quem realmente movimenta essa máquina: a audiência”, completou Bruno, que juntamente com a esposa Giovanna Ewbank, sugeriu um boicote ao rapaz. No entanto, as declarações se voltaram contra eles quando os tweets do galã foram “ressuscitados”. A situação ficou ainda pior quando Gio disse, em resposta a um comentário no Instagram, que as pessoas não mudam com o tempo.

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Ela afirmou que “não importa de quando foram as declarações de alguém. Era racismo antes, hoje e será sempre”, rebatendo o comentário de uma seguidora. Foi aí que os internautas acabaram encontrando publicações polêmicas do marido dela, o ator Bruno Gagliasso.

Ele havia ridicularizado homossexuais no passado, chamando-os de “viados”, com piadinhas homofóbicas. “Papai noel é boiola pq vive com o saco na mão anda com um monte de viado e sempre aparece na noite de dia 24”, disparou ele em um post de 2009.

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