Dívida de R$152 milhões e brigando contra a falência: Rede rival do Assaí não suporta crise e pede socorro na Justiça

Rival do Assaí briga na Justiça para sobreviver

Abrir um negócio não é uma das tarefas mais fáceis do mundo. Isso porque uma série de situações pode levar ao fim de um grande empreendimento. Dessa vez, por exemplo, falaremos sobre um rival do Assaí Atacadista que está com uma dívida milionária e lutando contra a falência.

Vale lembrar que o setor varejista é um dos que mais movimentam a economia do Brasil. Aliás, temos grandes redes espalhadas pelas cinco regiões do país, entretanto, algumas delas tiveram problemas financeiros em função da crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Para quem não sabe, estamos falando da situação do Grupo JChagas, composto pela rede de supermercados Chama e Atacarejos Fogo. Com uma dívida de R$ 152,4 milhões, eles entraram na Justiça com o pedido de recuperação judicial.

De acordo com informações do portal Migalhas, a Justiça do Mato Grosso Sul aceitou o pedido em abril de 2023. Desde então, a rede de supermercados rival do Assaí tem brigado durante conta a falência. Vale lembrar que a situação não é das mais fáceis para a empresa varejista.

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Dentre as dívidas apontadas pelo grupo estão as obrigações bancárias, que superam o R$ 100 milhões, e R$ 52 milhões em débito com fornecedores. Segundo as empresas, os valores se sobrepõem às suas capacidades financeiras neste momento, o que fundamenta o pedido de recuperação judicial.

Fundado no ano de 1972, em Naviraí, atualmente o Grupo Chagas possui 10 unidades, sendo três atacarejos e sete supermercados, cerca de 800 colaboradores diretos, atendendo uma população de aproximadamente 160 mil clientes. A empresa alegou que a pandemia da Covid-19 atrapalhou os negócios.

Conforme informações do portal O Jacaré, na justificativa para a recuperação judicial, as empresas informam que a crise começou em 2020, devido à pandemia de Covid-19. Os supermercados foram afetados pela queda nas importações e exportações de produtos, matérias-primas e mercadorias.

“Diminuindo a produção nas fábricas, o que fez os preços das mercadorias explodirem junto aos fornecedores, além do alto custo do crédito, sendo que, todos esses fatores não foram repassados no preço do produto ao consumidor final”, justificaram. Desde então, o grande rival do Assaí Atacadista vem brigando para não decretar falência.

Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.

No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.

A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.