O presidente Jair Bolsonaro impressionou todos ao receber para reunião um executivo da Globo que considerou como inimigo em meados de fevereiro.
Na última terça-feira (21), Bolsonaro, acompanhado pelo ministro-chefe da casa civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, recebeu Paulo Tonet, vice-presidente institucional do Grupo Globo, para uma reunião do Palácio do Planalto – o tema do encontro, no entanto, foi mantido em segredo.
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De acordo com a agenda oficial do Presidente da República, a reunião aconteceu às 16h10 e durou cerca de vinte minutos. “Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Vicente Jorge Rodrigues, Empresário; e Paulo Tonet, Vice-Presidente Institucional do Grupo Globo”, informa agenda de Bolsonaro.
BOLSONARO CHAMOU EXECUTIVO DE INIMIGO
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O curioso é que, em áudio vazado no dia 19 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro apareceu acusando a Globo de ser “inimiga” de seu governo durante conversa com Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretário-Geral da Presidência da República.
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Nas mensagens vazadas pela revista Veja, Bolsonaro apareceu exigindo que seu então ministro cancelasse um encontro que estava marcado com o mesmo Paulo Tonet Camargo (vice-presidente de relações institucionais do Grupo Globo) recebido por ele na tarde da última terça no Planalto.
“Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto? Eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim. Mas trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, cê tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí”, disse o presidente no áudio divulgado na época.
Após a publicação dos áudios de Bolsonaro, na ocasião, a Globo respondeu por meio de nota dizendo que “considera que não tem nem cultiva inimigos” e que visitas de diretores do grupo empresarial a “autoridades de diferentes poderes” são “rotineiras”. Leia a nota na íntegra a seguir.
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“O Grupo Globo considera que não tem nem cultiva inimigos. A própria natureza de sua atividade jamais permitiria qualquer postura em contrário. Hoje, como sempre, sua missão é levar ao público jornalismo independente – dando transparência a tudo o que é relevante para o País – e entretenimento de qualidade. Continuaremos a trabalhar nesta mesma direção.
A visita de Paulo Tonet Camargo, Vice-Presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, ao então ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, constava da agenda pública do ministro, divulgada na internet. Visitas de diretores do Grupo Globo a autoridades dos diferentes poderes, servidores públicos, executivos de empresas e representantes da sociedade civil são rotineiras. E, nesse aspecto, não nos diferenciamos de qualquer grupo empresarial que pretenda ouvir todas as vozes de uma sociedade livre, de forma transparente e com agenda pública, mantendo relações estritamente institucionais e republicanas.”
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