Bolsonaro visita Santuário de Aparecida e apoiadores do presidente hostilizam e tentam agredir jornalistas

Apoiadores de Bolsonaro cercaram e hostilizaram equipes que estavam no local.

Fato é que as eleições de 2022 estão nos holofotes desde o início do ano e com o segundo turno cada vez mais próximo, todas as atenções estão voltadas para o atual momento político. Disputam as eleições à presidência da república, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do executivo, Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta-feira (12), o presidente Bolsonaro foi à Aparecida, cidade do interior de São Paulo, em virtude do dia da Padroeira do Brasil. Porém, a visita do político foi marcada por confusões e jornalistas sendo hostilizados.

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Durante a cobertura da CNN Brasil sobre a movimentação no Santuário Nacional de Aparecida, como é de praxe todo dia 12 de outubro, acontece que foi possível ver uma multidão de apoiadores do candidato à reeleição esbravejando e apontando o dedo aos profissionais de imprensa que estavam trabalhando no local.

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“Um grupo de apoiadores do presidente está hostilizando, de certa forma, a imprensa. Não dá pra entender direito o que eles estão falando, mas dá pra perceber claramente que está acontecendo uma confusão”, disse a repórter da CNN Brasil, ao vivo.

JORNALISTAS HOSTILIZADOS

A princípio, se achava que os profissionais em questão eram funcionários da TV Aparecida, mas, na verdade, os colaboradores da emissora católica estavam fazendo escolta para jornalistas da TV Vanguarda, afiliada da Globo, que também cobria o evento.

O repórter cinematográfico Fabiano Biancatto, do SBT, também foi hostilizado. “Vai gravar a sua mãe, rapaz” e “apaga essa merda aí”, foram algumas das ofensas proferidas contra a equipe da emissora de Silvio Santos.

Após participar de uma missa no templo, Bolsonaro era esperado em frente à Basílica Antiga para rezar um terço com um grupo de católicos, mas não apareceu. Mesmo assim, a notícia de que o político estaria lá atraiu centenas de apoiadores.

As informações são de que, após a celebração religiosa, Bolsonaro, que se declara evangélico, foi à tenda dos peregrinos e deixou o local sem falar com a imprensa.