Café com larvas: Denúncia contra popular n°1 levanta alerta da ANVISA

Imagens chocantes de larvas vivas em bebida servida em estabelecimento popular e situação acabou levantando o alerta da ANVISA

Um caso registrado ainda em janeiro de 2024, um vídeo gravado por um funcionário do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, no norte de Goiás, reacendeu a preocupação com as condições sanitárias em instituições públicas de saúde e ligou o alerta da ANVISA.

Isso porque uma gravação mostra larvas vivas no café com leite servido aos colaboradores da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e neonatal da unidade, o que causou grande choque.

Sendo assim, com base em informações expostas pelo G1, a equipe especializada em fiscalização e serviços do TV Foco traz todo o cenário e as medidas tomadas abaixo:

O que mostra o vídeo?

• Um funcionário — que, na época, pediu anonimato — gravou as imagens na copa usada pelos trabalhadores do hospital.

• No vídeo, é possível ver claramente larvas se movendo dentro da bebida que, segundo ele, a equipe recebeu no café da manhã.

• Ele registrou o flagrante cerca de duas semanas antes de a TV Anhanguera divulgar o caso, em 31 de janeiro de 2024.

Defesa do hospital

A direção do HCN classificou o caso como “pontual” e afirmou, em nota enviada ao portal mencionado, que recolheu a garrafa térmica imediatamente após identificar o problema.

A administração também alegou que as larvas estavam na parte externa da tampa do recipiente e não chegaram a contaminar o líquido.

O hospital ressaltou ainda que a garrafa não é utilizada pelos pacientes, apenas pelos funcionários da UTI.

Além disso, o setor de Nutrição e Dietética da unidade garantiu seguir “rigorosamente todos os protocolos de boas práticas nutricionais e normas sanitárias” para garantir a segurança dos alimentos oferecidos.

Por que o caso levanta o alerta da ANVISA?

Apesar de ter se passado mais de um ano do ocorrido, o caso levanta o alerta da ANVISA quanto à necessidade de uma fiscalização rigorosa nos estabelecimentos, ainda mais em hospitais onde as pessoas apresentam maior vulnerabilidade.

Mesmo porque, apesar de pontual, esse não foi um caso isolado na região.

Em meses anteriores, residentes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) denunciaram a presença de larvas, carrapatos e até mesmo carne estragada nas refeições.

Também houve registros de baratas, lâminas e outros objetos indesejados em alimentos servidos no Restaurante Universitário da instituição.

Ou seja, essas ocorrências apontam para um padrão de negligência ou falhas estruturais na fiscalização e execução dos serviços de alimentação em instituições públicas do estado, o que pede por uma atenção maior dos órgãos fiscalizadores como a ANVISA e Vigilância Sanitária.

Íntegra da nota do HCN

O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) esclarece que foi um caso pontual ocorrido há duas semanas na copa dos colaboradores da UTI da unidade.

Importante observar que a garrafa térmica não é utilizada pelos pacientes do hospital e foi recolhida imediatamente pela equipe ao identificarem o problema. Após averiguarem a situação, foi constatado que as larvas estavam na parte externa da tampa da garrafa e a mesma foi encaminhada para higienização.

O HCN ressalta que este foi um fato isolado e que todas as medidas foram tomadas para resolvê-lo.

A equipe de Nutrição e Dietética do HCN segue rigorosamente todos osprotocolos de boas práticas nutricionais e normas sanitárias, a fim de garantir a qualidade dos serviços prestados e a segurança dos pacientes.

Qual é a situação atual do HCN?

Atualmente, o HCN mantém suas atividades normais.

Mesmo porque, a direção reorganizou os procedimentos de higienização nas copas e reafirmou o compromisso com as boas práticas sanitárias.

Conforme mencionado acima, a garrafa envolvida no episódio foi substituída e, até o momento, o hospital não sofreu sanções administrativas.

Conclusão:

Em suma, o episódio no HCN escancarou, mais uma vez, a vulnerabilidade que algumas estruturas públicas podem ter quando se trata de segurança alimentar.

A resposta rápida do hospital minimizou danos imediatos, mas não afasta o sinal de alerta.

Casos semelhantes mostram que o problema não é pontual, e sim recorrente.

Por fim, a vigilância deve ser constante, e a prevenção, sistemática. Afinal de contas, a saúde se protege também pela boca. Mas, para saber sobre mais interdições como essa envolvendo a ANVISA, clique aqui*.