Caixa tem ‘ambiente propício’ a assédio, diz procuradora do Trabalho
30/06/2022 às 8h34
O Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal já abriu denúncia para começar a apurar os casos de assédio sexual na Caixa. O procurador Paulo Neto vai cuidar do caso. A procuradora Adriane Reis, coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do MPT, que cuida dos casos de assédio, diz que casos como esse mostram que o ambiente de trabalho era propício a esse tipo de situação:
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“O que a gente observa, em situação de assédio sexual e moral, é que existe uma estrutura violenta, que permite que esses atos se manifestem dentro da organização. Se se chegou a esse quadro tão crítico de assédio sexual dificilmente são atos isolados e que acontecem num ambiente propício.”
Juvândia Moreira, presidente da Confederação Nacional do Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), diz que as denúncias foram abafadas pela diretoria, que o acordo coletivo da categoria prevê essas condições, que deveriam ter sido levadas ao Conselho de Administração, por se tratar do presidente.
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Segundo Juvândia, isso nunca chegou ao conselho.
No MPT, há duas consequências para o agressor, já que assédio por superior hierárquico é crime.
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“E para própria organização ou empresa, com a exigência de uma série de medidas e pagamento de indenização por dano moral coletivo. Ao permitir essa situação, há consequências para própria sociedade, com ambiente de trabalho mais degradado, mais hostil, há vítimas indiretas, com efeito no convívio familiar e social”, explica Adriane.
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