Entenda as duas versões da polêmica história envolvendo o “Domingo da Gente”

Tarde de terror é a forma que os caravanistas responsáveis pela plateia do programa “Domingo da Gente”, gravado no último dia 21 de outubro, narram o que aconteceu no estúdio da emissora. Lá, algumas pessoas passaram mal com pressão baixa e hipoglicemia por terem ficado muitas horas sem comer, e parte da plateia não conseguiu sair do estúdio. Um adolescente de 15 anos, o caso mais grave, teve desmaios e convulsões e foi encaminhado para a Santa Casa. A assessoria da Record confirma que, no dia em questão, uma pessoa passou mal. “Um adolescente teve um problema de saúde e foi prontamente socorrido pela equipe médica que fica na sede da Record. Em seguida, foi encaminhado ao hospital, onde recebeu o atendimento adequado”, informou. Ainda segundo a emissora, não houve cárcere privado e o estúdio permaneceu com a porta principal aberta. O diretor da atração, Vildomar Batista, declarou que desconhecia a questão do cárcere privado e de falta de alimentação: “É impossível confinar uma plateia aqui. Nunca um programa da Record segurou alguém da plateia”.

As caravanistas Joelma Alvaram, responsável pela caravana de Ferraz de Vasconcelos, e Dalva Julio, da caravana de Itapevi, acusam a emissora de omissão e dizem que houve uma tentativa de manter a plateia dentro da emissora. A polícia teve que ser chamada. Segundo Joelma, pelo menos 14 das 400 pessoas que estavam no estúdio foram atendidas na ambulância, que é terceirizada. Como a gravação foi até as 20h30, sem intervalos e sem lanche, várias pessoas não se sentiram bem. “A médica falou que éramos irresponsáveis por deixar o pessoal lá dentro passando mal, alguns com pressão baixa, hipoglicemia e dor de cabeça. Pedi para o segurança liberar a plateia, ele disse que não tinha autorização. Foi aí que resolvi ligar para a polícia”, afirmou Joelma, que só conseguiu a liberação após a chegada da polícia.

“Quando os policiais chegaram, liberaram metade da plateia, a outra parte ainda ficou lá dentro, pois o diretor não autorizou a saída. Foi preciso chamar novamente a polícia para que todos fossem  liberados, por volta de 21h30”. Neste dia, o lanche, um sanduíche de queijo com presunto e um refrigerante, foi entregue apenas na saída. Dalva Julio acompanhou o adolescente que teve desmaios e convulsões por ter ficado muitas horas sem se alimentar. “Fomos levados para a Santa Casa e a médica disse que o primeiro atendimento feito ao menino não foi correto, que ele poderia ter morrido. Ela disse que, por conta da forte dor de cabeça, o menino poderia ter tido um aneurisma. Em momento algum, a Record procurou saber notícias dele ou ofereceu assistência”, reclamou.

Informações do portal UOL.

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