Chá tóxico: ANVISA baixa facão sem dó e manda retirar 13 populares após risco em 2025
30/04/2025 às 8h30

ANVISA proíbe 13 chás populares por risco à saúde: fabricação e venda foram suspensas em todo o país
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de emitir uma medida cautelar que proíbe a venda de 13 chás populares de uma marca amplamente vendida nos principais canais de vendas, lojas especializadas e e-commerce.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Trata-se da marca Multi Vitta, cujos chás estavam sendo vendidos como suplementos naturais ou fitoterápicos, sob a alegação de benefícios à saúde.
No entanto, a decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 25 de abril de 2025, é resultado de uma constatação grave.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Isso porque os produtos estavam sendo vendidos sem registro, notificação ou cadastro na agência, e a empresa responsável não possui sequer Autorização de Funcionamento (AFE) para fabricar medicamentos.
Ou seja, o risco de uma intoxicação é bem alto. Sendo assim, a partir de informações oficiais da própria resolução, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz abaixo todos os dados da proibição e as medidas tomadas.
Leia também:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Café com larvas: Denúncia contra popular n°1 levanta alerta da ANVISA

Creme de cabelo nº1 das mulheres acima dos 45 é proibido pela ANVISA

Pão de queijo popular no Brasil é proibido pela ANVISA em 2025

Os produtos proibidos — todos os lotes:
- Alcachofra 700mg;
- Moringa Oleifera;
- Sex Energy for Man;
- Arnica (Arnica montana);
- Ashwagandha;
- Barbatimão (Stryphnodendron adstringens);
- Castanha da Índia;
- Cavalinha + Chá Verde + Carqueja + Hibisco;
- Cavalinha 60 cápsulas;
- Multi Vitta Chá Verde (Camellia sinensis);
- Sono Max;
- Sucupira Composta;
- Tribulus Maca + Ginseng.


O motivo da proibição
De acordo com o processo nº 25351.421522/2024-78, a ANVISA identificou que os produtos eram anunciados e vendidos de forma irregular, infringindo diversos artigos da Lei nº 6.360/1976, que regula a vigilância sanitária de medicamentos e correlatos no Brasil.
Conforme mencionamos acima, a fiscalização revelou que a empresa, cujo CNPJ e endereço não foram divulgados no comunicado oficial, operava pela internet por meio do site da marca, sem qualquer autorização legal para atuar na área da saúde.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Importância da marca/defesa:
A Multi Vitta é uma marca popular entre consumidores de suplementos naturais, amplamente divulgada por influenciadores e sites de produtos naturais.
Seus chás e cápsulas se destacavam pela promessa de melhorar desde a energia sexual até o sistema imunológico, além de auxiliar no sono e emagrecimento.
No entanto, ao procurar manifestações da mesma sobre o ocorrido, as mesmas não foram encontradas, nem mesmo pelas redes sociais, porém o espaço segue em aberto.
Por que chás sem registro podem ser tóxicos?
Embora o mercado venda esses chás como “naturais”, consumir essas bebidas sem controle ou supervisão representa riscos significativos, especialmente para:
- Pessoas com comorbidades;
- Gestantes;
- Indivíduos que fazem uso de medicamentos contínuos.
Algumas das substâncias, como a ashwagandha e o tribulus terrestris, podem interferir em funções hormonais.

Já a moringa, a castanha da Índia e a sucupira têm potencial de toxicidade hepática quando consumidas em doses elevadas ou sem acompanhamento médico.
Sendo assim, a falta de controle na qualidade dos insumos, a ausência de testes clínicos e alegações terapêuticas sem comprovação científica agravam o cenário, elevando o risco de reações adversas e interações medicamentosas perigosas e, sobretudo, tóxicas.
O que diz especialistas sobre o abuso de chás naturais?
De acordo com o portal Jornal da USP, especialistas afirmam que o uso de chás e cápsulas fitoterápicas sem regulamentação é uma porta aberta para intoxicações silenciosas e interações perigosas com medicamentos de uso contínuo.
Inclusive, a combinação de ervas pode potencializar efeitos colaterais, inclusive desidratação, sobrecarga renal e queda de pressão, e é um risco que muita gente subestima.
Conclusão:
A decisão da ANVISA reflete uma atuação firme para conter o avanço de medicamentos clandestinos no país.
Consumidores devem ficar atentos à origem e legalidade dos produtos adquiridos, especialmente pela internet.
A suposta naturalidade de um produto não o isenta de riscos — e nem da lei.
Por fim, os fiscais seguem atuando, e o governo pode adotar novas medidas a qualquer momento. Mas, para saber mais sobre outros casos e até decretos da ANVISA, clique aqui. *
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.