Jornalista, de 79 anos, sofre de demência frontotemporal e cogitou eutanásia, revelou esposa
Maurício Kubrusly trabalhou por mais de três décadas na Globo. No entanto, o contrato com o canal da família Marinho chegou ao fim em 2019, fazendo ele se afastar da televisão.
Em agosto do ano passado, o famoso recebeu uma homenagem no Fantástico, onde passou boa parte da carreira. Na ocasião, o programa dominical revelou que ele havia sido diagnosticado com uma doença sem cura.
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Aos 79 anos de idade, Kubrusly enfrenta a demência frontotemporal, que é degenerativa, afetando as regiões frontais e temporais do cérebro. Entre as consequências, aparecem alterações na personalidade, no comportamento e na linguagem.
Desabafo da esposa
Em entrevista à revista Veja, Beatriz Goulart, de 63 anos, revelou que o marido cogitou a morte assistida, que ainda é proibida no Brasil, mas tem autorização legal em outros países. “Não tenho mais o que fazer aqui”, teria dito o apresentador.
“Maurício chegou a mencionar seguir o mesmo caminho escolhido por Antonio Cicero [escritor que fez eutanásia]. Eu o demovi da ideia. Não vou ficar viúva, não. Mas, estou me preparando para o dia em que ele esquecer meu nome”, disse a companheira do jornalista.
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Beatriz contou que o marido costumava ser um “leitor voraz”. Porém, por causa da doença, ele não tem conseguido mais ler e também perdeu a capacidade de falar. “Percebi que os lapsos de memória recentes tinham evoluído para outro estágio, algo mais sério”, expôs.
“Ele perdeu de vez a capacidade de leitura. E parou também de usar o celular, porque começou a mandar mensagens e fotos para pessoas erradas. Entendi que ele estava mudando, e rapidamente. Há menos de um mês, parou de falar. É do que mais sinto falta”, lamentou.
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Afinal, quais os sintomas da demência frontotemporal?
- Mudanças de comportamento e personalidade;
- Alterações na linguagem;
- Problemas de memória e dificuldade de compreensão;
- Dificuldade no reconhecimento de rostos, incluindo a família;
- Desorientação e impulsividade.
Conclusão
Segundo o Scielo, a demência frontotemporal, ou DFT, já é a segunda causa mais comum de delírio e alienação entre pessoas com menos de 65 anos, depois do Alzheimer. A doença costuma se manifestar a partir dos 45, mas existem, claro, exceções.
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