Quem acompanha futebol na TV aberta sabe que a Globo, atualmente, é dona dos direitos de transmissão das maiores competições do esporte no mundo. Entre elas, o Campeonato Brasileiro, maior disputa de futebol em todo o país.
Os outros canais, mesmo que se interessem pelos direitos de transmissão do esporte, argumentaram ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que o atual modelo de contratos pela transmissão do campeonato os impedem de concorrer em situação igualdade com a Globo.
De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, Record, SBT e RedeTV! enviaram ao órgão seus argumentos contrários ao atual modelo. Band, mesmo que tenha apoiado o formato atual, também revelou alguns entraves.
A emissora de Edir Macedo respondeu ao órgão que “sempre interessa a possibilidade de participar da negociação justa e em termos razoáveis dos direitos de transmissão de campeonatos esportivos em geral e, em especial, do Campeonato Brasileiro de Futebol”, mas que se “deve-se regulamentar os conflitos de direito de imagem na transmissão dos eventos”.
A reclamação é referente ao atual modelo, que faz com que se o canal obtém os direitos de transmissão de determinado time, o jogo não pode ser transmitido caso ele concorra com um clube que não assinou contrato com o canal.
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Em cinco pontos, o SBT também apontou erros no atual modelo:
“a) Falta de uma liga ou associação para negociar em bloco pelos clubes com o fim do Clube dos 13; b) Falta de regulação transparente no processo para definir a venda sem exclusividade; c) Negociação em bloco de todos os campeonatos, regionais, nacionais e sul-americanos; d) Ausência de proibição a pagamentos antecipados na hora da renovação de contratos, o que desestimula a entrada de TVs novas; e) Calendário dos jogos e horários de transmissão que não estimulam presença do público e deixam times dependentes de TVs”.
Já a RedeTV! respondeu que “para aumentar a concorrência pelos direitos de transmissão do campeonato em TV Aberta no Brasil, pode-se adotar novos modelos, a fim de permitir maior democratização do acesso do esporte ao público telespectador”.
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