CANAL LIVRE

Criminoso, psicopata ou vítima de armação? Apresentador assassinava pessoas por audiência na TV


Wallace Souza no "Canal Livre" (Foto: Reprodução)

Apresentador do “Canal Livre”, em Manaus, Wallace Souza se mostrou um dos maiores farsantes da mídia brasileira nos anos 2000

Um verdadeiro escândalo tomou conta da mídia brasileira nos anos 2000. Wallace Souza foi apresentador do “Canal Livre” e mostrava a rotina violenta da cidade de Manaus, no Amazonas. O problema é que descobriu-se depois que o jornalista e político era ninguém menos que o mandante de vários assassinatos, apenas para ter audiência na TV.

O programa surgiu em 1996 com o nome de “Espaço Livre” e em 1998 até 2008 já se chamava de “Canal Livre”. Ele era produtor, apresentador e tinha várias funções na atração, que tinha intenção de mostrar a ineficácia do Estado em relação aos crimes que aconteciam na cidade.

A população via em Wallace Souza alguém que batia de frente com o tráfico de drogas e outros crimes. A atração chegava a bater a Globo na cidade amazonense. O político era um ex-militar e tinha informações privilegiadas sobre os crimes, por isso sempre mostrava tudo em primeira mão na TV.

O problema é que muitas vezes a equipe do “Canal Livre” chegava aos locais antes mesmo dos crimes acontecerem. Após uma ação da polícia que buscou um ex-militar envolvido em tráfico de drogas, foi descoberto através de um criminoso chamado Moa, que Wallace Souza era o mandante de assassinatos e comandava todo o esquema de tráfico.

O “Canal Livre” era apenas uma fachada para o apresentador, que precisou se defender e disse na Assembleia Legislativa que era vítima de uma perseguição política. Ele disse que nunca tinha visto Moa, mas um dia entregaram um envelope a uma redação de jornal que tinha uma foto dos dois juntos.

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Wallace Souza disse que conhecia Moa como Jorge, por isso negou conhecer o rapaz. Moa afirmou conhecer o filho do apresentador, Raphael, que também foi acusado de fazer parte do esquema. Moa disse mais tarde que só acusou o deputado diante de tortura.

A polícia acreditou que pudesse de fato haver uma armação política, já que o líder do “Canal Livre” era responsável por uma CPI que investigava casos de podofilia. Mais uma vez, a situação deu uma reviravolta, já que encontraram ligações de Moa para Wallace e Raphael.

MAIS EVIDÊNCIAS

Após mais investigações, Raphael e Wallace Souza foram presos. Na cadeia, apresentaram mais evidências de que ele era realmente culpado dos crimes. Uma repórter contou que já presenciou casos forjados, prisão de inocentes e sessões de tortura com acusados. A defesa do apresentador alegou que a profissional era forçada a fazer as acusações, assim como Moa.

FINS TRÁGICOS

Em junho de 2010, ele morreu. O julgamento absolveu Moa e o motorista. Raphael foi condenado a nove anos de prisão por homicídio. Após a morte do pai, era como se ficasse um vácuo de poder, já que outros criminosos voltaram em morrer. Durante uma rebelião na cadeia, Moa foi queimado vivo.

Wallace Souza era apresentador do "Canal Livre" (Foto: Divulgação)
Wallace Souza era apresentador do “Canal Livre” (Foto: Divulgação)

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Autor(a):

Eu sou Paulo Damião, jornalista formado pela FIAM-FAAM, em 2020. Trabalho com celebridades desde 2017 e admiro tudo o que envolve o mundo dos famosos e da televisão. Já entrevistei artistas, participei de coletivas de imprensa e sou responsável por desenvolver vários especiais de destaque no TV Foco.Meu email é [email protected]