Passando por uma grave crise após as acusações de estupro contra o atacante Neymar, principal nome do futebol do país na atualidade, a seleção brasileira decidiu convocar o presidente da República, Jair Bolsonaro, para acompanhar os jogos da seleção. A medida está sendo vista como uma forma de atrair os olhares dos jornalistas, e consequentemente a atenção da imprensa, para outro fator que não Neymar.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade que viu-se nos últimos anos envolta em inúmeros casos de corrupção, convidou Jair Bolsonaro, que deverá comparecer aos jogos desta quarta-feira, 05, no amistoso contra o Qatar, que acontecerá no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e no dia 14 de junho, na abertura da Copa América, que será realizada no Brasil, quando a seleção estreará na competição, jogando em São Paulo. Não se sabe, no entanto, se Neymar, que já chegou a demonstrar apoio a Bolsonaro, participará dos jogos.
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Nos últimos anos, a relação entre a Confederação Brasileira de Futebol e os ex-presidentes da República andaram meio conturbadas. Essa reaproximação pode ser entendida como um passo para que a CBF retome sua influência palaciana e assegure garantias do Estado para tentar sediar importantes eventos esportivos, omo o Mundial de Clubes de 2021, além da Copa do Mundo Feminina, em 2023.
Além de beneficiar a própria CBF e desviar a atenção de Neymar, a ida de Bolsonaro aos jogos também pode ser entendida como uma tentativa do próprio presidente de fazer as pazes com a população. Desde que se elegeu no final de outubro do ano passado, o presidente viu sua popularidade cair significativamente, e registrar índices considerados baixos de aprovação para um presidente em início de mandato – parte disso deve-se a medidas impopulares adotadas por seu governo, além de escândalos e corrupção envolvendo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, acusado pelo Ministério Público de chefiar um organização criminosa desde 2009.
Quanto ao jogador Neymar, que já demonstrou apoio a Bolsonaro, além de seu pai ter se reunido recentemente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, não se sabe se será escalado para os jogos da seleção. Nessa terça-feira, o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol disse que seria prudente que o próprio jogador abrisse mão de participar da Copa América para não atrapalhar o desempenho do time. Ao ser questionado sobre as acusações de estupro que pesam sobre o atleta, o técnico Tite disse preferir não fazer juízo de valor do caso e, após conversa privada com o camisa 10, permitiu que ele treinasse ao lado dos outros jogadores convocados.
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Com informações do site 1News
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