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O executivo e delator Alejandro Burzaco (Foto: Divulgação)
O executivo e delator Alejandro Burzaco acusou a Globo (Foto: Divulgação)
Grupos de mídia foram acusados novamente pelo executivo Alejandro Burzaco de terem pagado propina em troca dos direitos de transmissão das copas do mundo de 2026 e 2030. Hoje (15), ele acusou a Globo, a mexicana Televisa e a empresa Torneos y Competencias de pagarem juntas US$ 15 milhões em propina a Julio Humberto Grondona, ex-chefe do futebol argentino, pelos direitos da competição.
No tribunal nos Estados Unidos, o empresário deu detalhes da possível negociação com o canal brasileiro. Durante a Copa do Mundo de 2014, ele teria se encontrado com Marcelo Campos Pinto, responsável da Globo pela compra dos direitos de transmissão do futebol.
De acordo com Burzaco, ele discutiu com o profissional da Globo a intenção da emissora de estender o pagamento de propinas para a Conmebol através da T&T (empresa do argentino) em troca de direitos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o executivo disse que “o encontro com o executivo da Globo tinha como objetivo garantir a continuidade dos pagamentos do canal, já que estava sofrendo pressões de outros grupos, como a Fox”.
A exemplo do que fez na noite desta terça-feira (14), a emissora reiterou hoje (15) no “Jornal Nacional” que repudia veementemente qualquer pagamento de propina, e reiterou a nota divulgada anteriormente para a imprensa.
Veja a nota do grupo:
Sobre depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso Fifa pela Justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina. Esclarece que após mais de dois anos de investigação não é parte nos processos que correm na Justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos. Por outro lado, o Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido. Para a Globo, isso é uma questão de honra. Não seria diferente, mas é fundamental garantir aos leitores, ouvintes e espectadores do Grupo Globo que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige.
