Zema ciente: Demolição de padaria icônica é decretada em BH (MG) e faz mineiros chorarem em 2025

Demolição de uma icônica padaria tradicional de Belo Horizonte comove milhares de mineiros em 2025 e em plena era Zema
Com a ciência de Romeu Zema, Minas Gerais assistiu à demolição de um de seus símbolos mais afetivos de Belo Horizonte.
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O prédio que abrigou a tradicional Padaria Savassi, um dos mais emblemáticos pontos de encontro da capital, foi ao chão em março de 2025.
O choro dos mineiros foi real, uma vez que se tratava do último vestígio físico do lugar que ajudou a moldar o imaginário belo-horizontino durante boa parte do século XX, que desapareceu sob escombros.
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Afinal de contas, a história da padaria, que se confunde com a evolução da própria cidade, começa ainda antes do nome “Savassi” se fixar como bairro.

Sendo assim, a partir de informações do portal G1 e Wiki, a equipe especializada em urbanização e história do TV Foco traz abaixo um pouco da sua história e o seu último adeus.
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Da fundação à consagração
Em 16 de março de 1940, os irmãos Hugo e Juca Savassi, descendentes de imigrantes italianos, abriram as portas da padaria ao lado de um ponto de bonde na rua Pernambuco.
Na época, a região ainda pertencia ao bairro Funcionários, mas já atraía jovens e intelectuais por seu ar boêmio.
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Com o passar das décadas, o local não apenas consolidou-se como referência gastronômica, como também deu nome à área ao seu redor.
Inclusive, anos mais tarde, aquele pequeno empreendimento influenciaria para que a região se tornasse oficialmente o bairro Savassi.
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Durante os anos 40 a 80, o estabelecimento virou ponto de encontro de:
- Futuros políticos;
- Artistas;
- Jornalistas.
Inclusive, o escritor Jorge Fernando dos Santos eternizou essa fase no livro A Turma da Savassi… que virou nome de bairro, em que descreve a padaria como uma espécie de praça de cidade do interior, dentro da capital.
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O ápice e a despedida
Nos anos 60, a Savassi ganhou um novo símbolo: o obelisco conhecido como Pirulito, transferido da Praça Sete para a porta da padaria.
O crescimento econômico da região se intensificou nos anos 70, quando o local passou por uma transformação urbana e comercial, afastando parte do público que antes frequentava o Centro de BH.
Em 1977, a padaria mudou de endereço, indo para a rua Rio Grande do Norte, onde manteve as atividades até 2011, quando encerrou suas operações de forma definitiva.
Com o tempo, a Savassi se descolou oficialmente do bairro Funcionários, tornando-se uma região independente da capital mineira.
A mudança consolidou sua identidade própria — muito além de um simples nome.
Como se deu o fim do prédio que abrigava a padaria Savassi?
Após o fechamento da padaria, o prédio original teve outros usos.
- Durante parte dos anos 2010, abrigou uma loja de telefonia.
- Desde 2022, porém, o imóvel permaneceu ocioso.
- Sem proteção patrimonial ou tombamento, o edifício acabou demolido em março de 2025.
A destruição não violou nenhuma norma legal, mas atingiu em cheio a memória afetiva de milhares de belo-horizontinos.

No local, o Grupo Concreto, responsável pela obra, anunciou a construção de um novo empreendimento com previsão de incluir um centro cultural.
A empresa, contudo, não informou prazos de entrega.
O prédio vizinho, onde funciona o restaurante La Traviata, foi preservado e ficou de ser revitalizado — uma tentativa de manter viva parte da história da região.
Conclusão:
A derrubada da Padaria Savassi encerra oficialmente um capítulo fundamental da vida urbana de Belo Horizonte.
Por décadas, o espaço reuniu gerações, histórias e afetos. Sua ausência revela os dilemas entre progresso urbano e conservação da memória.
Agora, resta à cidade encontrar formas de não apagar o que construiu sua identidade.
Porque, para muitos mineiros, história também se escreve com pão fresco e café passado na hora. Mas, para saber mais casos de encerramentos, despedidas e até mesmo falências, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Lennita Lee é jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.