Sérgio Rosa, Ricardo Rosa, Dedé Paraizo e Everson Pessoa participam da atração e comentam trajetória de sucesso

Os convidados de Danilo Gentili desta quarta (12) são a cara de São Paulo e um patrimônio da música brasileira. Os ‘Demônios da Garoa’ estarão no The Noite de hoje para falar sobre seu som atemporal e os 80 anos de história do grupo. Sérgio Rosa, Ricardo Rosa, Dedé Paraizo e Everson Pessoa são os integrantes da formação atual e comentam: “é muito gratificante que o Demônios vem se renovando. Passando de formação em formação sem perder a essência. E o mais legal é que isso acontece com os fãs, também. Nos shows é possível ver o avô, pai, neto, às vezes o bisneto”.

Falando de seu grande clássico, Sérgio declara: “Trem das Onze é considerado um hino da cidade de São Paulo, uma música que já foi gravada em 19 idiomas. Um dos maiores recordes da música popular brasileira. Para nós um orgulho muito grande em carregar essa bandeira”. Além de explicar a escolha do bairro pronunciado na canção: “Jaçanã foi por motivo de rima. Podia ter sido Butantã para rimar com ‘amanhã de manhã’. E, graças a Deus, caiu no agrado do povo”.

Segundo eles, o conjunto conheceu Adoniran Barbosa durante a gravação do filme ‘O Cangaceiro’, começando a gravar músicas do compositor a partir de 1951. “Os primeiros sucessos que o Demônios gravou do Adoniran não tinham esses erros de português, não tinha esse linguajar engraçado. Era uma coisa mais séria”, afirmam. “Quando o Demônios começou a cantar ‘Saudosa Maloca’, era contratado da Rádio Nacional. Fazia o programa do Manoel da Nóbrega, pai do Carlos Alberto. Não tinha disco. A música começou a fazer sucesso, era um programa de auditório e não tinha disco. Aí o Demônios foi ao Adoniran e foi buscar o Samba do Arnesto”, completam.

Os músicos respondem se se seguem alguma regra na hora de escolher novas canções e Ricardo explica: “a gente toma muito cuidado para não ficar uma coisa forçada. Lá no escritório vem muitas respostas de ‘trem do meio dia’, ‘trem das quatorze horas’. Todo mundo quer fazer nessa linguagem, querendo agradar”. Eles cantam palhinhas de seus grandes sucessos durante o papo, além de apresentarem a nova ‘É Preciso Seguir’ ao final da entrevista.