Derrame fez Globo se envolver em escândalo e carta aberta condenou emissora: “Perplexo e indignado”

Médicos foram aos jornais para condenar emissora

A Globo é conhecida mundialmente, principalmente, por causa das suas novelas. Muitos dos folhetins da emissora carioca já foram premiadas por conta de suas histórias, mas algumas causaram polêmicas e fizeram a Platinada se envolver até em escândalos.

Foi o caso da novela ‘Meu Bem, Meu Mal’, exibida em 1990, na Globo. A trama fez muito sucesso, mas causou dor de cabeça à emissora devido a um derrame.

No folhetim, o personagem de Lima Duarte sofre um derrame, fica preso em uma cadeira de rodas e impossibilitado de falar. O papel do ator na trama é tão marcante que uma de suas frases, “eu prefiro melão”, é lembrada até hoje pelo público.

Pois bem, a novela fez muito sucesso na época, mas também levantou questionamentos dos profissionais da área da saúde sobre o tratamento aplicado ao personagem Lázaro, vivido por Lima Duarte.

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Na trama, ele era cuidado pela enfermeira Elza (Zilda Cardoso) que se dedicava a cuidar de Lázaro, porém usa sugestão da enfermeira deu o que falar. Ela sugeriu que o paciente fizesse uso de uma “bolinha milagrosa” o que fez a sociedade de fisioterapias se manifestar publicamente.

REPERCUSSÃO

O tratamento ‘milagroso’ abordado em ‘Meu Bem, Meu Mal’ causou indignação de médicos da área. Na época, o presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia falou à ‘Folha de S. Paulo’ e disse que na vida real a forma de tratar o paciente seria totalmente contraindicado.

Já em abril de 1991, um outro fisioterapeuta publicou uma carta aberta no ‘Jornal Brasil’ condenando a Globo pela abordagem do tratamento contraindicado.

“Estou perplexo e indignado com a Rede Globo, mais especificamente com os responsáveis técnicos das cenas que envolvem o ator Lima Duarte, na sua interpretação como portador de uma hemiplegia, na novela ‘Meu Bem, Meu Mal’”, dizia um dos trechos da carta.

Apesar da polêmica, o autor não se pronunciou e a novela seguiu da mesma maneira.