Catarina não perderá a chance de ver o marido humilhado após a deposição dele do trono. “O que você quer?”, indagará Rodolfo, ao ver a esposa em seu quarto. “Isso. Ver você derrotado, humilhado… Acuado como um rato”, responderá ela.
“Você tem razão. Eu perdi. Mas minha derrota não começa hoje. Começou há tempos, quando eu me apaixonei por você”, rebaterá ele. “Não me faça chorar, Rodolfo”, afirmará ela, sarcástica. “Como pude ser tão cego? Você é um ser desprezível, Catarina. Afonso também a chutará desse castelo, como fará comigo, e não tardará”, ameaçará ele.
“Que eu saiba, as questões que Afonso tem são apenas com você, e não comigo”, comentará Catarina. “Tem certeza? Nós fizemos tudo juntos. O atentado ao seu pai, a guerra entre nossos reinos. O que meu irmão pensaria se apenas desconfiasse que você mantém o rei Augusto preso, até hoje, na Torre de Zéria?”, indagará o ex-tirano.
“Ah, claro… Você pretende contar toda a verdade a ele, não é? Mas não esqueça um detalhe: se eu for condenada à forca em um tribunal da Cália, você também será. Você é cúmplice de tudo! Está mesmo disposto a pagar esse preço?”, questionará a mulher.
“O que você irá fazer é permanecer calado, e com o rabo entre as pernas. Eu não estou presa. Você está. Adeus, Rodolfo. Vá para o inferno. Sozinho, claro”, encerrará a princesa. Depois, Rodolfo contará toda a verdade ao irmão, contudo não terá como provar os crimes da ex-esposa e acabará ainda mais desmoralizado.
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