Com dívida bilionária, grande rival das Casas Bahia tem falência decretada pela justiça e se despede do mercado de São Paulo
Para a tristeza do mercado de São Paulo, uma grande varejista, rival n°1 das Casas Bahia, acabou tendo sua falência decretada após não conseguir se recuperar de crise.
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Trata-se das Lojas Arapuã, que, conforme apurado pelo TV FOCO, por décadas foi sinônimo de crediário fácil, geladeira nova e vitrine chamativa no interior de São Paulo.
Fundada com esforço quase épico por Jorge Wilson Simeira Jacob, a empresa chegou a incomodar gigantes como as Casas Bahia, se tornando a principal concorrente da marca no estado.
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De acordo com a ‘Wikipédia’, com 265 lojas espalhadas pelo Brasil, parecia que nada poderia derrubar o império. Contudo, o inimaginável aconteceu e a empresa teve sua falência cravada.
Lojas Arapuã
Tudo começou nos anos 1950, quando Jacob, ainda adolescente e recém-emancipado, assumiu uma pequena loja de tecidos em Lins (SP).
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Com faro para negócios, ousadia e um olhar voltado à inovação, transformou o pequeno comércio na promissora Lojas Arapuã.
A virada veio com a aposta nos eletrodomésticos, um risco que quase custou caro no início, mas que, com uma boa negociação com a Walita, acabou se tornando o pilar do crescimento da marca.
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Nas décadas seguintes, a Arapuã acelerou. Aproveitou as brechas deixadas pela concorrência e apostou pesado na expansão, abrindo cem lojas entre 1966 e 1971, chegando à capital paulista e, mais tarde, à bolsa de valores.
Com o tempo, diversificou seus negócios, adquirindo banco, fábricas, marcas alimentícias e até entrando na construção civil. Tudo sob o guarda-chuva do Grupo Fenícia.
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A queda de um grande império
Em 1998, com as vendas em queda, juros altos e uma inadimplência crescente, a Arapuã entrou com um pedido de concordata. Já em 2002, as dívidas ultrapassavam R$ 1 bilhão.
Lojas foram fechadas, milhares de funcionários demitidos, e mesmo assim a empresa não conseguiu cumprir os acordos judiciais.
A primeira falência foi decretada em 2009, confirmada pelo STJ após uma longa batalha judicial. Mesmo após a primeira sentença, a família Jacob tentou resistir.
O nome Arapuã permaneceu ativo em outras frentes, como lojas populares de roupas e até investimento em uma empresa de bebidas.
Mas o cerco jurídico se fechou de vez em 2020, quando o STJ decretou a falência definitiva da Arapuã, impedindo qualquer novo plano de recuperação judicial.
Considerações finais
- O fim da Arapuã marcou o encerramento de uma era no varejo brasileiro.
- A empresa, que por décadas foi símbolo de acesso ao consumo para as classes populares, não resistiu ao crescimento desordenado, às dívidas bilionárias e às mudanças do mercado.
- Mesmo com tentativas de recuperação, sua falência definitiva acabou sendo cravada em 2020.
Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?
Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos visam a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.
No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.
A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.
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