Dólar encerra pregão a R$ 4,74 e fecha semana com queda de 5%


Dólar continua em queda e chega a R$ 4,74; Bolsa tem volatilidadeReprodução/Pixabay

O dólar segue sua trajetória de baixa ante o real, e a Bolsa apresenta volatilidade nesta sexta-feira (25). Os investidores repercutem a divulgação de novos dados de inflação no Brasil e novas falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre o processo de normalização da política monetária.

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Por volta de 13h, a moeda americana tinha baixa de 1,50%, negociada a R$ 4,7592, após atingir a mínima de R$ 4,7472. Caso a tendência continue, o dólar terá o oitavo pregão consecutivo de baixa.

No ano, a divisa americana já acumula perdas de 13,33% até o fechamento de quinta-feira, o que coloca o real como a moeda que mais se valorizou no mundo em 2022 na comparação com os principais pares.

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O real vem se beneficiando da forte entrada de fluxo estrangeiro para o nosso mercado e do diferencial de juros entre o que é praticado no Brasil ante o exterior. O patamar alto das commodities, intensificado pelo conflito na Ucrânia, também ajuda a nossa moeda pelo perfil exportador do país.

No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,05%, aos 118.995 pontos, após abrir em alta. A correção nos papéis de algumas empresas ligadas a commodities, como a Vale, impedem uma valorização do índice.

Maior taxa desde 2015

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, avançou 0,95% entre fevereiro e março, segundo dados divulgados pelo IBGE. O dado indica uma desaceleração ante os 0,99% registrados na última medição.

É a maior taxa para um mês de março desde 2015, quando chegou a 1,24%. O resultado levou o indicador a acumular 10,79% em 12 meses.

Os números vieram acima das expectativas, sendo pressionados pela alta nos preços dos alimentos.

Os números de inflação são importantes, pois ajudam o mercado a calibrar suas expectativas para os próximos passos da política monetária.

Na véspera, o presidente do BC havia confirmado que o plano da instituição é encerrar o ciclo de altas dos juros em maio, ao afirmar que uma nova alta da Selic em junho é um cenário menos provável.

A fala de Campos Neto chegou a derrubar as taxas futuras de juros, beneficiando a Bolsa. Hoje, o presidente do BC reforçou o posicionamento.

Em um evento de mercado, ele reafirmou que a autoridade monetária deve encerrar o ciclo de alta de juros em 12,75% em maio.

Ele também reforçou que o pico da inflação em 12 meses ocorrerá em abril, tocando os 11%.

Na cena externa, os investidores seguem acompanhando os desdobramentos da guerra na Ucrânia.

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) anunciaram nesta sexta-feira um acordo sobre fornecimento de gás natural liquefeito (GNL), em uma tentativa de reduzir a dependência da Europa da energia russa.

A decisão prevê que os EUA forneçam à UE pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos adicionais do combustível até o final do ano.

A Rússia, por sua vez, deu sinais de que a sua ofensiva pode se limitar à frente Leste, onde separatistas apoiados por Moscou atuam desde 2014.

Ações

Entre as ações, as ordinárias da Petrobras (PETR3, com direito a voto) subiam 0,66%, e as preferenciais (PETR4, sem direito a voto), 0,22%.

As ordinárias da Vale (VALE3) cediam 1,88%, e as da Siderúrgica Nacional (CSNA3), 1,46%.

As preferenciais da usiminas (USIM5) cediam 2,23%.

No setor financeiro, as preferenciais do Itaú (ITUB4) tinham queda de 0,29%, e as do Bradesco (BBDC4) subiam 1%.

Na ponta positiva, destaque para as ordinárias da Cogna (COGN3), que avançavam 14,29% após a apresentação do balanço do quarto trimestre de 2021.

O grupo do setor de educação encerrou o último trimestre do ano passado com um prejuízo líquido de R$ 74,795 milhões, 87,3% menor do que os R$ 589,232 milhões do resultado ajustado do mesmo período do ano anterior.

Petróleo passa a subir

Após abrir em baixa, os preços do contrato futuro subiam nesta sexta-feira. A reversão ocorreu após relatos de um ataque com mísseis e um incêndio nas instalações da petrolífera estatal da Arábia Saudita Aramco. O país é um dos grandes produtores da commodity.

Por volta de 13h, no horário de Brasília, o contrato para maio do petróleo tipo Brent subia 0,79%, negociado a US$ 119,97.

Já o contrato para o mesmo mês do tipo WTI avançava 0,88%, cotado a US$ 113,33.

Bolsas no exterior

As bolsas americanas operavam com baixas. Por volta de 13h, em Brasília, o índice Dow Jones cedia 0,07% e o S&P, 0,12%. A Bolsa Nasdaq caía 1,11%.

Na Europa, as bolsas operavam com direções contrárias. No mesmo horário, a Bolsa de Londres subia 0,21% e a de Frankfurt, 0,17%. Em Paris, ocorria queda de 0,03%.

As bolsas asiáticas fecharam com direções contrárias. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, teve alta de 0,14%. Em Hong Kong, houve baixa de 2,47% e, na China, de 1,17%.

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