Florinda Meza luta pela volta do Chaves à televisão com unhas e dentes
Em Julho de 2020, os seriados mexicanos “Chaves” e “Chapolin” foram tirados do ar abruptamente de todas plataformas de streaming e canais que eram transmitidos, fosse no Multishow, ou na emissora que os consagraram, o SBT.
A notícia da saída das séries de Roberto Gómez Bolaños (1929-2014) do ar das televisões, deixaram os fãs aflitos e órfãos igual ao menino Chaves. Mas não foi só no Brasil que as séries foram tiradas do ar às pressas, foi em todo o mundo. Mais de 90 países sofreram um apagão inesperado dos humorísticos.
Acontece que a atriz Florinda Meza, a dona Florinda, viúva de Roberto Bolaños, está lutando com todas suas forças para que os seriados queridos do público voltem ao ar. E isso não depende só dela, mas sim, dos filhos herdeiros e da Televisa, que tem os direitos de transmissão não renovados.
Florinda Meza surpreendeu os fãs do “Chaves” nesta última segunda-feira, 14 de Março, em suas redes sociais ao tomar partido da situação: “Meu coração de Chapolin está triste, porque o programa Chespirito não se vê nas telas de um mundo tão necessitado de risos e alegria” , declarou a artista.
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A comediante e viúva do gênio do humor inocente, ainda assumiu: “Se fosse por mim, o programa nunca teria saído das telas. Por isso, agora estou em plena luta legal para que se respeite a vontade de meu Rober[to] e para que o programa volte ao ar”, declarou a dona Florinda.
O que mais chamou atenção, foi um internauta, através do microblog Twitter, que mandou um recado à Florinda Meza sobre a situação das séries: “A verdade é que você, Florinda, não é muito apreciada. Mas é verdade que o filho do senhor Bolaños é um miserável que tirou do ar o Chaves e nosso Chapolin. É um infame que não entende que o Chaves pertence ao mundo. Se fosse como seu pai não faria essa maldade”, disparou o fã.
DIREITOS CEDIDOS COM PRAZO
Acontece que os mais de 1.200 episódios de “Chaves” (1972-1980) , “Chapolin” (1971-1979) e do “Programa Chespirito” (1980-1995), gravados ao longo de quase 25 anos na Televisa, pertenciam à emissora mexicana há mais de 45 anos.
Roberto Bolaños teria deixado uma cláusula para que seus personagens e episódios fossem comercializados por um certo período de tempo, podendo ser renovado e ter os valores renegociados com os filhos herdeiros ao fim do prazo estipulado.
Segundo o intérprete do Seu Barriga, o ator mexicano multifacetado, Edgar Vivar, o prazo de validade era restrito até 2020. “Roberto Gómez Bolaños tinha apalavrado um contrato de usufruto dos personagens e de sua criação literária até 30 de julho deste ano [2020], quase seis anos depois de sua morte. E não renovaram os direitos, a Televisa não quis pagar”, afirmou o comediante.
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